O Brasil não está à venda! Esse foi o recado de centenas de manifestantes que protestaram nesta quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados, contra a sanha entreguista do governo ilegítimo de Michel Temer. Durante o ato de protesto, parlamentares, representantes de sindicatos, de federações, de centrais sindicais e trabalhadores em geral repudiaram a tentativa ilegítima de o governo sucatear o patrimônio e as riquezas que pertencem a todos os cidadãos brasileiros.
Sem limite algum, o governo Temer – que chegou ao poder por um golpe – desrespeita a Constituição Cidadã de 1988, que, logo no primeiro inciso do seu primeiro artigo, elege a soberania como princípio fundamental do Estado democrático de direito. Ao propor a venda de empresas estratégicas e ao abrir as porteiras do Brasil aos interesses internacionais, Michel Temer e todos os que o apoiam revelam que ser golpista é, antes tudo, não ter escrúpulos para rasgar a Constituição.
“O que está em jogo é o destino do Brasil. Temos que escolher se queremos uma Pátria soberana e um Brasil que tenha o rumo do crescimento, do desenvolvimento e da distribuição de renda, ou se queremos ser apenas um país exportador de produtos agrícolas e minerais. E eu tenho certeza de que a maioria do povo brasileiro não quer se tornar subserviente a esses interesses estrangeiros e das elites nacionais. Queremos imediatamente revogar esses projetos e restituir os direitos do povo brasileiro”, discursou o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), durante o ato.
A manifestação foi organizada pelas Lideranças do PT, PSOL, PCdoB, PDT, Rede e pela Liderança da Minoria na Câmara, além da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional e da Frente Parlamentar em Defesa da Companhia Hidroelétrica do São Francisco. Em conjunto, elas lançaram um manifesto em defesa de todo o patrimônio brasileiro.
“O governo atual amplia insidiosamente as suas iniciativas para desmontar o Estado de direto e de bem-estar social e abre transações tenebrosas para dispor de bens da população como se fossem propriedade do grupo de golpistas que assumiu o poder com Temer. O pacote entreguista inclui empresas como os Correios, a Infraero, a Eletrobras (maior companhia de energia do País, essencial para manter a conta de luz acessível ao bolso do povo), a Casa da Moeda do Moeda e a Petrobras”, alertam os signatários do manifesto.
Para o líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), um governo que foi alçado ao Palácio do Planalto por meio de um golpe – ou seja, sem voto popular – não tem legitimidade para implementar um projeto de privatização do patrimônio público. “Aqui na Câmara, nós – como oposição – faremos de tudo para impedir essa sanha desse governo, que não tem condição política, social e moral para continuar governando o Brasil. Perderam todo o pudor, pois chegaram ao ponto de propor a venda da Casa da Moeda. Que mundo é esse?”, questionou.
O deputado Patrus Ananias (PT-MG), coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, disse existir dois desafios fundamentais postos aos brasileiros para combater os objetivos desse governo ilegítimo. Segundo ele, Temer e sua turma propõem uma demolição dupla: acabar com as conquistas sociais alcançadas sobretudo a partir do primeiro mandato de Lula; e desconstruir a soberania do Brasil. “Queremos uma soberania nacional vinculada a uma soberania popular. E o povo é soberano quando ele tem acesso aos direitos básicos, como alimentação, saúde, moradia e trabalho digno”, reivindicou.
Entre os petistas que participaram do ato, estavam os deputados Arlindo Chinaglia (SP), Décio Lima (SC), Erika Kokay (DF), Leo de Brito (AC), Luiz Couto (PB), Luiz Sérgio (RJ), Margarida Salomão (MG) e Nelson Pelegrino (BA).
Fonte: PT na Câmara
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