Percorrer o Nordeste brasileiro hoje é testemunhar a grandeza do projeto que Lula sonhou para o Brasil e que se tornou realidade. O sonho de um nordestino e ex-metalúrgico que tirou 36 milhões de pessoas da miséria e hoje faz questão de olhar nos seus olhos e nutrir-se de sua luta para fazer ainda mais.
Longe das lentes da grande mídia, a caravana Lula pelo Brasil mobiliza e comove milhares de pessoas por onde passa. Não só lotando praças e ruas onde acontecem atos diários, mas formando um mar vermelho, de todas as raças, classes, etnias e idades que recepciona Lula onde quer que vá.
Uma viagem que começou com uma estação de metrô vibrando de cantos de apoio e incentivo em Salvador, atravessou o rio São Francisco ao encontro de um mar de sorrisos que aguardava em Penedo e hoje é marcada pelas imagens das multidões que cercam os ônibus como a abraçá-los a cada município e desejar-lhes boa viagem até o próximo dia 5, quando a caravana se encerra.
Para a Dona Nanci, moradora de Brasília Teimosa, a emoção de ver quem mudou a realidade do barro pernambucano é indescritível. “A emoção de ter Lula um grande companheiro, pernambucano, sertanejo, pé no chão, veio do Nordeste, faz parte do nosso coração, é uma emoção muito grande.”
Diante do crescente número de pessoas que acenam para ele pelo caminho, o ex-presidente Lula faz questão de parar sua agenda para cumprimentá-los, ouvi-los, pois é desses encontros que tira a energia para continuar firme em sua jornada.
Esse carinho recíproco entre um líder e seu povo marcará a quarta-feira (30) na história dessa mais recente caravana. Um trajeto de menos de 400 quilômetros, de Quixadá a Juazeiro do Norte, levou mais de nove horas para ser completado pelo ex-presidente por conta das muitas paradas que fez questão de fazer.
Fugindo ao cronograma, Lula parou em nada menos do que dez cidades cearenses de forma espontânea e comovente, para retribuir o afeto com que acenavam as populações de Juatana, Banabuiú, Solenopole, Vila São João de Solenopole, Quixelô, Iguatu, Cascudo e Cedro.
“Lula é o nosso líder, um grande líder, que se alimenta da inspiração do povo. Por isso, ele está rodando o Brasil, para conversar com a sua gente”, comemora o coordenador da caravana e vice-presidente nacional do PT, Marcio Macedo, a cada novo estado.
“Para entender Lula pelo Brasil é só olhar para a história do Lula e para a história do PT. O PT e Lula sempre andaram pelo Brasil, nunca ficaram encastelados”, lembrou a senadora e presidenta do PT Nacional, Gleisi Hoffmann.
O que tem levado milhares de pessoas a viajar de todos os cantos do Nordeste para chegar perto de um dos mais queridos líderes do país não foi apenas admiração. Foi acima de tudo uma imensa gratidão por aquele que manteve durante toda a vida pública o compromisso de governar de olho nos trabalhadores e nas trabalhadoras, nos mais pobres, nos que historicamente foram esquecidos.
É essa gratidão que faz valer a pena viajar quilômetros pelas estradas e aguardar horas a fio pelo tão esperado encontro com o homem que tanto fez por essas terras. “Nós sabemos o que é pobreza. Ele tem uma humildade de falar com todo mundo, de não tratar com diferença”, afirmou na Paraíba o Edinaldo, cacique do povo indígena Tabajara.
“O Lula estar aqui hoje é um motivo de grande comemoração. Muitas pessoas, como eu, desde pequena, são beneficiadas por programas que Lula criou, que me ajudaram a me tornar o que sou hoje. A gente deve sempre lembrar nossas origens e estar sempre em busca da nossa democracia”, disse a jovem Tamires Borges.
É justamente por ter muito claras suas origens e por defender tão ferozmente a democracia e o ideal de um Brasil para todos que Lula conseguiu ajudar a população nordestina a reescrever seus destinos.
Lula mostrou de forma inquestionável que é possível reverter anos de atraso e esquecimento por parte do poder público e dar a toda uma geração de brasileiros e brasileiras a oportunidades de pensar nos problemas mais comumente relacionados à região como algo do passado, abrindo portas para o futuro que não mais os define, é escolhido por eles.
“A gente tem que prestigiar quem prestigia a gente!”, resume o jovem sergipano Adilson Junior, 23, em palavras que servem para explicar o que leva tantos nordestinos às ruas. “Lula é uma pessoa esplêndida. Não vejo outros líderes que chegam junto de seu povo como ele chegou”, completa sua colega Érica, com lágrimas nos olhos.
É emoção similar à de centenas de pais e mães que, com lágrimas nos olhos, se orgulham de dizer que deram um lar com refeições diárias, educação e água limpa a seus filhos. Que deram a eles a esperança de um futuro melhor.
E a das mulheres que, fortalecidas, puderam tomar as rédeas de seus próprios destinos. “A Lei Maria da Penha, o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família no nome das mulheres contribui imensamente para a autonomia das mulheres, que sentem a sua importância como cidadãs e protagonistas”, lembra bem a vereadora Isolda Dantas, de Mossoró.
“Nós mulheres nordestinas percebemos uma enorme diferença entre o que é um governo que tinha políticas para as mulheres estruturadas e agora.”
“Eu vivia com oito filhos dentro de um cativeiro, limpando o terreno dos fazendeiros com um saco de lona nas costas, em 30 ou 40 pessoas. Pegava as 7h da manhã e largava às 4h da tarde”, lembra o quilombola Gerson Paulino dos Santos, 72, em Alagoas.
“Foi no tempo que Lula se candidatou e ganhou, aí eu disse que não seria mais assim, seria Bolsa Família. Graças a Deus, desse dia para cá a mesa do pobre encheu de fartura e o pobre não passou mais fome. Tenho fé em Deus de que quando ele ganhar de novo a mesa vai dobrar”.
O impacto de programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, de fomento à agricultura familiar, cisternas, moradia popular, a transposição do São Francisco, de desenvolvimento e interiorização de universidades e institutos federais, entre tantos outros, são incontáveis, e configuram uma verdadeira revolução social na história do Brasil.
Mais do que tudo, o que brilha nos olhos de todos que se deslocam de suas casa, trabalhos e compromissos para aguardar a passagem de Lula é a confiança de saber que ali está um líder do povo, fruto da mesma história de luta e perseverança, e que, por já ter mostrado que sabe como fazer e ter feito na prática, pode ajudar o país a sair da trilha de desmontes que hoje enfrenta.
Também a indignação de ver os ataques políticos e midiáticos diários que Lula hoje sofre, numa clara demonstração que a certos poderosos de Brasília, não interessa um mundo em que o povo, empoderado, possa deixar sua situação de miséria, tomar suas decisões e construir de fato um Brasil para todos.
“O tempo que eu tiver eu vou estar ao lado do povo, tentando derrubar esses golpistas que tomaram o poder sem nenhum voto”, reitera Lula a cada oportunidade. E o povo também estará a seu lado. Como dona Isanildes Bittencourt, professora aposentada e baiana aguerrida de 72 anos que desde a ditadura luta e milita pela esperança de um Brasil menos desigual.
“Estou aqui recebendo esta caravana na esperança de que novamente mudemos essa história, porque não é possível que, dentro de um ano, um presidente ilegítimo, espúrio, tenha destruído nossos sonhos, nossas esperanças de um Brasil melhor”, afirmou, em Salvador ao lado dos filhos que a acompanhavam com expectativa semelhante em recepcionar Lula.
“Querem que a gente volte ao passado, quando nós não tínhamos energia, não tínhamos água, não tínhamos nada. Por isso estamos aqui para defender Lula”, completa Maria Helena da Conceição, representando mulheres trabalhadoras rurais em Feira de Santana.
Enquanto os golpistas dão as costas aos brasileiros e brasileiras e lhes tiram os direitos um a um, Lula tem a coragem de olhar para eles de frente. “Eu quero conversar com o povo para saber porque esse país tava tão bom e porque piorou tanto”, disse Lula. “Por que criamos 22 milhões de empregos com carteira assinada e agora tem 14 milhões de desempregados?”, questiona, estupefato.
Foi conversando com pessoas de todo o país que Lula pode construir programas tão importantes e que influenciaram tão profundamente a vida de brasileiros e brasileiras. E é justamente isso que ele está fazendo nesta nova etapa, numa caminhada de esperança e luta por um Brasil pós- golpe.
Fonte: Clarice Cardoso e Mariana Zoccoli, enviadas especiais ao Nordeste com a caravana Lula pelo Brasil, para a Agência PT de Notícias
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