*Por Chico Vigilante
Olhando o placar da traição, os 263 que votaram a favor da permanência de Temer, do PMDB, do PSDB, do Democratas, do PR, PTB, e de outros partidos, estou certo de que votaram SIM para Temer continuar a entregar o Brasil ao capital especulativo internacional.
A principal proposta dos golpistas, representada agora por Eliseu Padilha, o ajudante de ordens do chefe da quadrilha no Palácio do Planalto é tocar a ferro e fogo a reforma da previdência.
A derrota sofrida pela democracia e pelo povo brasileiro ontem, a vergonha que o Brasil está sentindo aos olhos do mundo, não é pequena.
Não se trata de simples derrota esporádica. É a continuidade do roteiro do golpe, traçado e em ação contínua e rápida.
O próximo passo a ser tentado a curtíssimo prazo é a reforma da previdência, golpeando os direitos de todos aqueles que passaram a vida trabalhando e contribuindo para a previdência em busca de uma velhice digna.
Os golpistas já fizeram a reforma trabalhista, devolvendo o Brasil à era da escravidão, e agora querem a qualquer custo fazer a reforma da previdência.
Dizem que a reforma da previdência que deixará trabalhadores na labuta por 49 anos antes de se aposentar é a única saída. Mentira. O dinheiro da Previdência está sendo desviado.
Enquanto negam reajustes a aposentadorias e pensões de quem trabalhou toda uma vida, emprestam dinheiro para salvar grandes bancos e perdoam dívidas de devedores da previdência, grandes empresas e bancos.
É por isso que Temer está sendo mantido. O capital produtivo nacional não concorda mais com a permanência deste golpista, mas o capital especulativo internacional que não gera um emprego sequer, que não tem preocupação social, este sim está resistindo e financiando a permanência dos canalhas no Palácio do Planalto.
Só resta uma saída. Povo na rua exigindo seus direitos.
Temer é um golpista, corrupto, entreguista dos interesses e das riquezas brasileiras, além de destruidor das conquistas históricas dos trabalhadores brasileiros.
A revolta hoje de norte a sul, de leste a oeste do país é grande. Donas de casa, trabalhadores das mais variadas atividades, estudantes, a intelectualidade, organizações sociais e movimentos políticos estão todos indignados com o dia da vergonha, com o coroamento da imoralidade que representou a quarta-feira, 2 de agosto de 2017 no Congresso Nacional.
*Chico Vigilante é deputado distrital pelo PT-DF
Artigo publicado originalmente no portal Brasil 247
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