Nesse fim de semana, será a vez de Ceilândia receber o 1º Circuito de Feiras e Mostras Culturais da Reforma Agrária do Distrito Federal e Entorno. A terceira etapa da exposição será realizada na Praça do Trabalhador da cidade e contará com a participação de aproximadamente de 200 agricultores de várias regiões do DF e Entono.
Além da feira, nos próximos dias 4, 5 e 6, os participantes também terão acesso a uma vasta programação cultural, com seminários, cineclube, muita música, teatro, artesanatos, ciranda infantil e uma praça de alimentação com comidas típicas do cerrado brasileiro.
O Circuito de Feiras conta com o apoio do deputado distrital Chico Vigilante (PT), que destinou recursos oriundos de emendas parlamentares para a realização do evento.
O distrital destaca a importância estratégica que o MST tem para o Brasil. Chico Vigilante também cobra do poder público mais condições para os pequenos produtores produzirem e se manterem no campo, tendo em vista, que a agricultura familiar é responsável pela produção de 80% dos alimentos consumidos nas cidades.
“Muitos acreditam que os trabalhadores do MST são arruaceiros e só querem ocupar terras. Essa é uma visão muito errada que a mídia acaba transmitindo. É bom lembrar que a única coisa que os sem-terra querem é espaço para produzir e ajudar a desenvolver esse país”, lembrou o parlamentar.
Para os organizadores do Circuito, esta também é mais uma oportunidade de aprofundar o diálogo político e social entre a população do campo e da cidade. Também é uma oportunidade de chamar a atenção para a necessidade e da importância da Reforma Agrária na produção de alimentos saudáveis e na construção do projeto popular de sociedade.
Para a diretora do setor de produção do MST, Bárbara Loureiro, o circuito surge no sentido de fortalecer a organização da produção dos acampamentos e assentamentos, bem como fortalecer o diálogo entre o campo e a cidade em diversas dimensões, como na cultura, saúde, educação e os papeis da mulher e da juventude na sociedade.
“Esta é uma forma de mostrar para os moradores da cidade que quem produz alimentos que eles comem são os pequenos produtores”, lembrou Barbara. “Também queremos fazer um contraponto ao modelo do agronegócio, que preza pela concentração de terra e a produção de alimentos com agrotóxicos e transgênicos”, finalizou.
Ela complementou ainda que a feira também é um espaço para denunciar a não realização da reforma agrária e a criminalização dos movimentos sociais, além de apresentar o projeto de reforma agraria popular, que tem como base o acesso a democratização a terra e produção de alimentos saudáveis, atendendo as premissas de soberania e segurança alimentar.
Fonte: Site do Chico Vigilante
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