A continuidade do combate contra o desmonte da educação, em defesa das Universidades públicas e em oposição à demissão de centenas de terceirizados foi reafirmada na manhã desta quarta (2) em ato unificado na Universidade de Brasília. Encabeçado pelo Sintfub, protesto reuniu estudantes, trabalhadores, e movimentos sociais e sindicais, que deixaram claro que não aceitarão as políticas de ajustes fiscais do governo ilegítimo de Michel Temer.
Atualmente, as universidades públicas do país sofrem amargamente com a redução dos recursos destinados à manutenção dos serviços básicos. O corte gira em torno de 45%. Na UnB, além desse agravante cenário, os funcionários terceirizados vivem sob constante ameaça de demissão. Cerca de 200 trabalhadores, inclusive, estão em aviso prévio e a tendência é que esse número aumente.
A vice-presidente da CUT Brasília e dirigente do Sinpro-DF, Meg Guimarães, destacou que a luta em defesa da educação deve ser compromisso de toda a sociedade. Para ela, o desmonte do serviço público compõe a agenda de entrega do patrimônio público à iniciativa privada.
Já Maria Isabel, presidente do Sindserviços, apontou que há outras formas de resolver o déficit da instituição, sem que prejudique o trabalhador. Para ela, a estruturação deve partir de cima e não deixando centenas de desempregados. “Enfraquecer a universidade e seus serviços prestados é deixar os brasileiros carentes de informação e formação como era no passado”, avaliou.
A mesma avaliação fez o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto. “Os cortes orçamentários, as medidas contra a educação em todas as esferas, a reforma do Ensino Médio, o congelamento de recursos à educação e a precarização de todas as universidades nada mais são que um conjunto de ações do governo para deixar a população sem capacidade de juntar o conhecimento científico ao senso comum e formar uma opinião crítica. Dessa forma, torna-se apenas massa de manobra, servindo de mão de obra barata para o capitalismo”, analisou.
O coordenador-geral do Sintfub, Mauro Mendes, por sua vez, ressaltou a entidade tem dialogado com a reitoria da UnB e buscado novos caminhos de resolver a situação sem que haja demissão dos trabalhadores. “Entendemos que o desmonte que o governo Temer está fazendo com as universidades no país não afeta apenas estudantes e terceirizados, é, sobretudo, nefasto a todo conjunto da sociedade civil. Por isso, é preciso muita unidade para combater esses ataques.
Além desse ato, novas atividades serão realizadas na próxima semana para denunciar o desmonte da educação e das universidades públicas. Entre as ações, uma assembleia deliberativa está agendada para terça (8). O objetivo é manter a categoria mobilizada e atenta aos ataques. Outro movimento importante é uma panfletagem junto aos estudantes na terça segunda (7), data prevista para início do semestre letivo.
Fonte: CUT Brasília
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