Depois de escolher André Moura (PSC) como líder do governo golpista na Câmara dos Deputados, o presidente biônico Michel Temer (PMDB) definiu o nome de Aloysio Nunes (PSDB) para a liderança do governo no Senado Federal. O perfil tucano é tão polêmico quanto o do outro líder, que é investigado por tentativa de homicídio e desvio de verbas. Moura, além disso, é aliado de Eduardo Cunha (PMDB).
Candidato derrotado a vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-SP), em 2014, Nunes é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela acusação de ter recebido R$ 500 mil da UTC Engenharia para obter contratos com a Petrobrás. Ele foi citado em delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora.
O novo líder do governo golpista no Senado é acusado também de praticar crime eleitoral de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro durante a própria campanha ao Senado, em 2010. O mesmo Ricardo Pessoa declarou ter doado R$ 500 mil à campanha do senador, dos quais R$ 200 mil foram repassados em dinheiro, sem que houvesse declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No âmbito da Operação Lava Jato, o senador tucano foi citado ainda em delações de executivos da Andrade Gutierrez, que disseram que Aloysio, Aécio e o senador José Serra (PSDB-SP) estariam envolvidos em esquema de corrupção. A Andrade Gutierrez foi a maior doadora da campanha de Aécio à presidência em 2014. Foram 322 doações, que somaram mais de R$ 20 milhões, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O esquema de cartelização e fraudes em licitações do metrô e da CPTM em São Paulo, conhecido como trensalão tucano, também tem a marca do senador.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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