Por volta de 16 horas de sexta-feira, a Praça do Museu Nacional começou a ser ocupada por militantes vindos de todos os lados. Camisetas e bonés vermelhos, faixas de todos os tamanhos com frases em defesa da democracia e a mais usada: Não vai ter golpe. Famílias inteiras improvisavam cartazes e tiravam fotos para mandar para quem não tinha ido. Aos poucos a praça foi ficando cheia de rostos preocupados mais aliviados de ver que o povo quer defender o projeto liderado por Lula e Dilma, que tirou 35 milhões de brasileiros e brasileiras da linha da pobreza.
As 19 horas cerca de 60.000 manifestantes que tomavam a praça, gritavam palavras de ordem e se empolgavam cada vez mais com os discursos das várias lideranças que se revezavam ao microfone do carro de som, seguiram em marcha até o congresso nacional as lideranças continuavam discursando. “Fazia tempo que não se via tamanha manifestação em defesa do governo e contra o golpe que vem sendo tramado pela oposição, pela mídia e por parte do judiciário. Nosso povo acordou”, disse entusiasmado o presidente do PTDF, Roberto Policarpo.
Os manifestantes pediram também a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados, defenderam o fim do monopólio dos meios de comunicação, criticaram a parcialidade político-partidária do poder Judiciário e repudiaram a tentativa de golpe de estado desenhada no pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Mais de 1,4 de trabalhadores saíram às ruas nesta sexta nas principais capitais do país para defender a democracia e dizer Não Vai Ter Golpe.
No dia 31 de março está marcado mais uma grande manifestação em Brasilia, quando o Frente Brasil Popular, a Frente Brasil sem Medo, o PT, o PCdoB, a CUT, MST, a UnE e diversos outros movimentos sociais trabalham para colocar mais de 100 mil manifestantes na rua. Está previsto a vinda de trabalhadores e trabalhadoras de várias estados do país, mais os do Distrito Federal e Entorno. A concentração está prevista para o estacionamento do estádio Mané Garrincha, depois os manifestantes farão uma marcha até o Congresso Nacional.