Dilma garante 2 milhões de novas vagas para o Pronatec

A nova etapa do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) terá dois milhões de vagas em 2016. O anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (9).

Com o Pronatec, avaliou Dilma, o governo cria formas de ampliar a competitividade do Brasil. “Estamos hoje aqui criando não só um caminho de oportunidade para milhões de brasileiros e brasileiras, estamos criando um caminho para o próprio País. O País precisa desse investimento para ultrapassar, não só esse momento e voltar a crescer. Mas, quando voltar a crescer, voltar sempre com melhor qualidade, com maior capacidade de inovação. É isso que nós queremos: mais e melhor”, destacou.

O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, ressaltou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o presidente brasileiro que mais contribuiu para a educação técnica e profissional no País.

“Ele ampliou os institutos tecnológicos federais, criou o Prouni, organizou o Enem e mudou a história de educação no Brasil. Acho que por tudo que ele fez nesse país, não só pela educação, mas se fosse só pela educação, merecia mais respeito e mais consideração”, disse Mercadante.

“Eu acredito que o Pronatec é uma conquista e uma realização de sucesso no Brasil. Nós decidimos que investir em educação técnico-profissional era uma exigência. Uma exigência para que o País pudesse ter uma nova característica no próximo ciclo econômico, lá em 2011 ainda”, recordou Dilma.

Do total de vagas, mais de 1,6 milhão serão destinadas para cursos de qualificação profissional, e 372 mil para cursos técnicos ofertados especialmente a estudantes do programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA), do Ministério da Educação (MEC), no intuito de fortalecer o Pronatec EJA.

A ideia, segundo o ministro da Educação, é que os jovens e adultos que interromperam os estudos tenham a oportunidade de participar do programa, tendo conhecimentos oriundos do trabalho e de experiências anteriores valorizados e aproveitados ao longo dos cursos.

“Temos que dar a oportunidade que esse país não deu para os trabalhadores e trabalhadoras que quiserem voltar a estudar. Vamos associar o ensino técnico e a qualificação profissional com a educação de jovens e adultos. Ao mesmo tempo em que ele está se qualificando no Pronatec, ele pode concluir o ensino fundamental, pode concluir o ensino médio”, explicou Mercadante.

E-Pronatec
Nesta nova etapa do programa federal, os estudantes poderão optar pelo e-Pronatec, que permite à pessoa estudar online onde e quando preferir, de acordo com sua disponibilidade.

Segundo o MEC, o aluno vai estudar por meio de plataformas digitais, simuladores, animações e outros métodos de aprendizagem na internet, na TV Escola e em outros canais educativos, oferecidos principalmente pelos institutos federais e pelo Sistema S.

“Junto com o Senai estamos criando uma plataforma muito moderna que é o ‘MecFlix’. Vamos ter videoaulas lá, exercícios sempre disponíveis para fazer os cursos. Vai ter simuladores, orientação dos professores, uma sala para os estudantes poderem dialogar entre eles”, contou o ministro.

Sobre o Pronatec
Criando em 2011, o Pronatec tem como objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. De 2011 a 2015, o Pronatec registrou 9,4 milhões de matrículas entre cursos técnicos e de qualificação profissional. No ano passado, foram 1,3 milhão de matrículas.

Em geral, são oferecidos pelo Pronatec dois tipos de formação: cursos técnicos de maior duração, que variam de um ano e meio a dois anos, e cursos de qualificação profissional de curta duração, que vão de dois a três meses até seis meses.

Todos são gratuitos e o aluno ganha a matrícula, os livros, o uniforme, o material para usar nas aulas práticas e até auxílio para alimentação e o transporte. Os cursos são divididos principalmente nas áreas da indústria, comércio, agricultura e transportes. Dos beneficiados do Pronatec, 70% são jovens com até 29 anos, 60% são mulheres e um terço das matrículas é no Nordeste.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias, com informações do Blog do Planalto

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