Em meio aos estertores finais de uma ditadura sangrenta, em 1980 nasce o maior partido da história política brasileira.
A vontade de criar um partido sem as amarras e os grilhões da elite, arregimentou jovens lutadores da esquerda tradicional, estudantes, setores da igreja católica, artistas, intelectuais e muitos outros setores sociais, que desejavam um partido como instrumento de defesa dos reais interesses da classe trabalhadora.
Assim, nasceu o PT. Resultado da vontade da classe trabalhadora, que havia acumulado forças através das lutas sindicais do ABC Paulista, das lutas dos trabalhadores rurais, que clamavam por reforma agrária, de homens e mulheres que se mobilizavam nos centros urbanos desejosos de verem um país democrático e livre da opressão.
O Brasil de hoj, está muito melhor do que o de 36 anos atrás. Podemos afirmar isso, revisitando os dados históricos, que antecedem a acensão de Lula, a principal liderança do PT e das esquerdas brasileiras, ao posto máximo de governança em nosso país.
Os dados sociais, indicadores que colocaram a imagem do Brasil em outro patamar de reconhecimento internacional, demonstram o respeito absoluto pelos mais pobres, fio condutor das principais políticas de governo, que fizeram a mobilidade social mais destacada de todos os tempos em esfera mundial.
40 milhões de desvalidos e historicamente desconhecidos, saíram do grau da extrema pobreza e passaram à condição de consumidores de bens e de serviços, fazendo a economia girar e crescer, como nunca havia ocorrido.
As elites, assanhadas e perturbadas com as sucessivas derrotas, após o primeiro mandato da presidenta Dilma, resolveram se rearticular e construírem de forma mais açodada os instrumentos para impedir a continuidade do projeto de libertação nacional.
Os meios de comunicação, aliados com setores do judiciário, desenvolveram e praticaram a campanha mais feroz em favor de um candidato – Aécio Neves, tentando elegê-lo e consequentemente destruir o projeto nacional de defesa dos pobres e dos mais necessitados.
Dilma, incensada e apoiada pela consciência de classe acumulada no longo período de lutas do PT, forjou a síntese da vontade majoritária e derrotou o PIG e as elites que se escondiam numa cortina de acusações infundadas e desmedidas.
Uma nova quadra de lutas se apresenta para o PT, a classe trabalhadora, e todos os homens e mulheres que não aceitam a interrupção do projeto de libertação nacional.
Os setores da elite, a mídia e agora contando com uma ação mais sistemática e permanente da justiça do Moro, utilizam-se de todos os instrumentos, especialmente os mais deploráveis, para impedir que o nosso grande líder político, companheiro Lula, seja candidato em 2018.
Fazem essa campanha midiática, sem precedentes, estabelecendo verdadeiro cerco contra o PT e o nosso candidato, porque sabem que o povo brasileiro em sua sabedoria popular, abraçou a causa da libertação nacional e deseja Luís Inácio como o continuador do processo político que completará 16 anos e com a sua eleição em 2018 iremos para 20 e depois 24 anos no poder, aí sim, consolidando o projeto iniciado pelos trabalhadores, quando apeamos do poder, pelo voto, os amigos siameses da elite.
Nesses 36 anos do PT, devemos sim comemorar o seu aniversário. O faremos porque, chegar até aqui, de pé, cheio de vida, articulado e agraciado no coração da classe trabalhadora, é motivo de muita alegria, a despeito de tudo que se coloca para a continuidade da luta.
Certamente, as exigências que estão na pauta são fortes e exigentes, porque os nossos adversários, a elite e os poderosos, sabem do tamanho da nossa força.
Por isso, companheiras e companheiros do PT, lutadores e lutadoras, classe trabalhadora, todos nós, juntos, numa só voz, na unidade política que a conjuntura nos impõe, gritemos em alto e bom som: VIVA O PT, VIVA A CLASSE TRABALHADORA.
Antonio Sabino é fundador do PT, Dirigente do PT de Taguatinga e membro da Executiva Regional.