O deputado federal, integrante da Comissão de Orçamento da Câmara, saiu em defesa da proposta do partido de correção da tabela do Imposto de Renda e da taxação de grandes fortunas
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) integra a Comissão de Orçamento da Câmara e saiu em defesa da proposta do partido de correção da tabela do Imposto de Renda, a taxação de grandes fortunas e a legalização dos jogos no país, em entrevista ao “Jornal do Brasil”, publicada no sábado (16).
O petista defendeu ainda que o ajuste fiscal contemple a oferta de crédito e a retomada do crescimento. “Há medidas que consideramos de justiça tributária, que não têm impacto inflacionário e que poderiam ser adotadas. Temos que introduzir uma dose de criatividade e ousadia no tratamento da crise, medidas que tragam uma receita adicional, sem onerar quem está pagando”, declarou.
A bancada do PT na Câmara enviou, em dezembro do ano passado, ao governo um conjunto de propostas para a retomada do desenvolvimento econômico com justiça social. Entre as principais sugestões estão a ampliação das faixas de isenção do Imposto de Renda (IR) para a classe média e para os trabalhadores, além da adoção de medidas para aumentar a justiça tributária no País.
Em relação às medidas que aprofundam a justiça tributária, os parlamentares propõem a taxação sobre aquisição de bens de luxo como helicópteros, jatinhos executivos, lanchas e iates. O objetivo das medidas é reforçar as finanças da União, dos estados e municípios, e pavimentar o caminho para uma nova política desenvolvimentista que aprofunde ainda mais a justiça social no País.
Sobre o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, em andamento na Câmara, Pimenta questiona: “Quem quer ser liderado Cunha num processo de uma presidente que não cometeu crimes?”.
“A proposta distribui melhor a tabela do imposto de renda e reduz a taxa para quem está na primeira faixa e hoje paga muito. As pessoas gostam de falar… Mas é assim que funciona em diversos outros países”, defendeu.
Segundo ele, outros países adoram a prática de maneira bem sucedida. “Exemplos que poderíamos colocar em prática: criar imposto para iates e helicópteros, já que um cidadão com um carro velho tem que pagar seu IPVA. Qual é o problema de se criar um imposto para viabilizar uma receita adicional? Não vai atingir o trabalhador, a classe média mais desfavorecida”, explica.
Pimenta argumentou ainda que o país deve “introduzir uma dose de criatividade e ousadia no tratamento da crise”.
“Não vejo por que motivo, por exemplo, não fazer um debate sobre a legalização dos jogos. O Brasil é uma das poucas exceções entre os países do G20. Há lavagem de dinheiro? Há. Então, criemos mecanismos de fiscalização. Isso traz uma receita adicional, sem onerar quem está pagando”, ponderou.
Da Redação da Agência PT de Notícias