A venda da petrolífera Pérez Companc resultou em propina no valor de US$ 100 milhões ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirmou Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras e delator da Operação Lava Jato, à Procuradoria-Geral da República, antes que o acordo de delação premiada fosse fechado. Segundo ele, a transação aconteceu em 2002, quando a Petrobras comprou 58,2% das ações da Pérez Companc e 47,1% da Fundação Pérez Companc. A estatal brasileira pagou, na época, US$ 1,027 bilhão pela petrolífera.
“A venda da Pérez Companc envolveu uma propina ao Governo FHC de US$ 100 milhões, conforme informações dos diretores da Pérez Companc e de Oscar Vicente, principal operador de Menem e, durante os primeiros anos de nossa gestão, permaneceu como diretor da Petrobrás na Argentina”, disse Cerveró, segundo reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” nesta segunda-feira (11).
Ainda segundo Cerveró, cada diretor da Pérez Companc teria recebido US$ 1 milhão como “prêmio” pela venda da empresa. Oscar Vicentel, suposto operador do ex-presidente argentino Carlos Menem, teria ficado com US$ 6 milhões.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”