A retomada das ruas pela militância petista, movimentos sociais, intelectuais, partidos de esquerda e centrais sindicais mudou a conjuntura política do País.
Mas não ao ponto de alterar substancialmente a correlação de forças a nosso favor.
É claro que o voto petista pelo prosseguimento do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha no Conselho de Ética reunificou o PT todo, bem como o reconciliou com nossa base social e eleitoral.
Entretanto, é preciso agora complementar a defesa do mandato da presidenta Dilma contra o golpe – que se enfraqueceu graças à manifestação das ruas e ao Supremo Tribunal Federal – com mudanças na política econômica.
A melhora na popularidade da presidenta, o apoio popular e da esquerda, a substituição do ministro Levy pelo ministro Nelson Barbosa favorecem a adoção de medidas capazes de retomar o crescimento econômico.
Tanto as Frentes Brasil Popular e a Povo sem Medo, como representações sindicais empresariais e dos trabalhadores, além de grupos de economistas, o próprio PT e nossas bancadas apresentaram sugestões.
É hora de o governo, agora refeito, ampliar o diálogo e avançar. De nossa parte, a tarefa é manter as mobilizações, evitar o triunfalismo e ampliar o apoio ao nosso projeto de País.
Rui Falcão é presidente Nacional do PT