O Governo de Brasília anunciou nesta terça-feira (15/set) um pacote de corte de gastos públicos, além de aumento das tarifas. As passagens de ônibus vão ter aumento de até 50% e a mais cara irá chegar a R$ 4 – mesmo valor para o bilhete do metrô, inclusive aos sábados e domingos. O ingresso para entrada no zoológico vai subir de R$ 2 para R$ 10. No Restaurante Comunitário, o aumento foi de 200%.
Ao contrário do governo federal que aumentou a tributação de quem ganha mais, Rollemberg centrou o ajuste fiscal no corte de gastos públicos e aumento de tarifas. No ajuste de Dilma, a tributação sobre ganhos de capital foi elevada e escalonada – ou seja, paga mais quem tem mais. Assim, a taxa que antes era de 15% para todos passou a ser de 15% para ganhos de até R$ 1 milhão; 20% para ganhos entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões; 25% para ganhos entre R$ 5 e R$ 20 milhões; e 30% em ganhos acima de R$ 20 milhões. Além disso, o retorno da CPMF ajuda a combater a sonegação já que a alíquota de 0,2% (menor que a cobrada no governo Fernando Henrique, de 0,32%) é cobrada de todas as transações, ajudando a rastrear sonegadores.
Além de rejeitar aumento de impostos para os mais ricos e decidir pelo aumento da passagem de ônibus e metrô, Rollemberg descartou a saída apresentada pela gestão petista de vender parte da dívida ativa do GDF para o BRB. Com a ação, o governo do PT pretendia arrecadar cerca de R$ 2 bilhões. Rollemberg descartou a ideia, mas depois voltou atrás, para vendê-la para um banco privado, o BMG. Até hoje não houve comunicado público a respeito de ganhos da ação para a população do Distrito Federal.