O teólogo Leonardo Boff afirmou, em entrevista à “TV Brasil”, que o Partido dos Trabalhadores fez pelos pobres em 12 anos no comando do Brasil, ninguém fez em 500 anos.
“Sempre defendi e defendo a causa do PT que é dar centralidade aos pobres. Em 12 anos uma argentina inteira foi incluída na sociedade. Ele permitiu que as pessoas pudessem ter acesso as questões fundamentais da vida como trabalho, comida e saúde. Este é um projeto que vou defender até o fim da vida”, afirmou Boff.
O teólogo ressaltou a conquista dos governos do PT em transformar o Brasil do terceiro país mais desigual do mundo para o 13º lugar. Entretanto, Boff aponta que ainda muito o que fazer para reduzir as desigualdades sociais. “O partido conseguiu distribuir a renda, mas não fez redistribuição, que é pegar de quem tem mais e repassar a quem tem menos. Isso seria justiça social”, argumentou.
“Houve uma revolução que abriu espaços para as políticas públicas. Porém, antes, a classe alta sempre ocupou estado de forma patrimonialistas, se aproveitaram da situação de poder para benefício pessoal e de seus parentes, usando o patrimônio público para enriquecer”, completou.
Golpismo à direita – Sobre as manifestações que aconteceram em abril deste ano, contrárias ao governo da presidenta Dilma Rousseff, Boff afirmou que as pessoas mais à direita querem criar um movimento muito grande e sem projeto nenhum.
“Elas têm duas propostas, manter uma agenda de crise durante todo o governo de Dilma, impedindo que ela governe; e difamar do ex-presidente Lula, e o próprio PT, para que em 2018 eles não possam aparecer com candidatos e nem ganhar a eleição”, alertou.
Lava Jato – Para concluir, Boff falou sobre os trâmites das prisões da Operação Lava Jato, que apura casos de corrupção na Petrobras, e afirmou não achar legítimo a Justiça tomar a delação premiada de bandidos e acreditar no que eles dizem como prova para que alguém seja preso.
“Eles são criminosos nos quais eu não acreditaria em nenhuma palavra e a justiça acreditam, acusam e já prendem, sem trazer as provas necessárias e realizar o julgamento”, repudiou.
Para ele, a Justiça é “partidista” e o PT é “vítima” nesse trâmite. “Mas é um ponto que só se cura com reforma política. E o PT deu um passo grande ao dizer que não aceita mais dinheiro de empresas”, declarou.
Por Danielle Cambria, da Agência PT de Notícias