O senador Aécio Neves (PSDB) foi preservado nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato. Nos acordos enviados ao Supremo Tribunal Federal, Youssef havia se comprometido a revelar o envolvimento do tucano com a Lista de Furnas, a principal prova da participação de Aécio Neves no esquema de corrupção na estatal do setor elétrico subsidiária da Eletrobrás.
O documento relaciona o pagamento pela estatal de quase R$ 40 milhões em propinas para os então candidatos do PSDB Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, nas eleições de 2002.
No entanto, durante a fase de depoimentos, o doleiro recuou e não apresentou provas. Segundo Youssef, o ex-deputado José Janene (PP-PR). morto em 2010, havia informado que Aécio dividia propinas de uma diretoria de Furnas.
Sem as provas prometidas pelo doleiro, o inquérito sobre Aécio Neves foi arquivado. De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo“, publicada nesta segunda-feira (4), um dos capítulos sobre a colaboração de Youssef tinha o título “Furnas”.
O documento indicava, segundo o jornal, que o doleiro revelaria o envolvimento de Aécio no esquema de propinas.
“Aqui o comissionamento ocorria durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Quem era responsável por este comissionamento eram as pessoas de José Janene e Aécio Neves. Toda e qualquer obra realizada em Fumas possuía comissionamento. Se especula que quem recebia por Aécio Neves era a pessoa de sua irmã”, dizia o documento.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Folha de S. Paulo”