O Partido dos Trabalhadores repudiou o massacre promovido pela Polícia Militar do Paraná, estado governado por Beto Richa (PSDB), contra os professores estaduais em greve.
O Centro Cívico da capital paranaense se transformou em um cenário de guerra. Ao todo, mais de 200 pessoas ficaram feridas, sendo 15 em estado grave, segundo informações da Prefeitura.
Os servidores protestavam contra a votação do projeto de lei 252/2015, de Beto Richa. O texto, aprovado em meio ao massacre, autoriza o governo estadual a mexer no fundo de previdência dos servidores públicos do estado, a Paranáprevidência.
Em publicação no Facebook, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solidarizou-se com os professores do Paraná, “agredidos de forma violenta pela Polícia Militar do estado”.
“Temos visto a atuação da polícia na garantia da segurança de manifestações que têm acontecido no país, mas esse direito deve ser garantido a todos”, criticou Lula.
O ex-presidente ainda afirmou ser “inadmissível” que o direito de manifestação seja restringido a qualquer pessoa, principalmente aos professores.
No Twitter, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, criticou a ação da polícia do Paraná, reforçou o direito à greve e solidarizou-se com os professores.
“Abaixo a truculência do governador Richa! Diálogo, sim. Repressão e violência, não!”, disse.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS) repudiou, em nota, o tratamento dado pela polícia do Paraná aos professores estaduais.
“Sem qualquer justificativa plausível, os agentes de segurança pública estão promovendo um ataque, não só com gás, mas com balas de borracha atiradas a esmo, cassetetes e cachorros. Tudo com muita violência, colocando as pessoas em risco de morte”, destacou o deputado.
Pimenta informou ter viajado, ainda na quarta-feira (29), à Curitiba, capital do estado, para acompanhar o que chamou de “violações dos direitos humanos”.
“Os mais de cem feridos até agora, e todos os cidadãos presentes, são vítimas de inúmeras violações de direitos humanos. Não apenas ao direito legítimo de protesto, mas à integridade física e à vida”, lembrou Pimenta.
Senadora eleita pelo estado do Paraná, Gleisi Hoffmann (PT), acompanhou, no Centro Cívico de Curitiba, os atos de violência contra os professores estaduais. Ela contou ter presenciado o momento em que a polícia começou a jogar bombas contra os docentes.
“Eu também andei no meio do povo, ninguém estava fazendo resistência e as bombas continuavam. Isso não faz parte da nossa história, não faz parte da democracia e do respeito que temos que ter com os movimentos”, exaltou a senadora.
Por diversas vezes, eu e as lideranças sindicais pedimos aos policiais que parassem de atirar bombas contra os professores, mas a violência continuou. Caminhei entre os manifestantes e vi dezenas de feridos. Um verdadeiro cenário de guerra”, contou Gleisi.
Da Redação da Agência PT de Notícias