Presidente de honra da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Lula disse que o projeto é uma forma de escravizar a mão de obra brasileira. Ele pediu que os sindicalistas não deixem de lutar pelos direitos dos trabalhadores, conquistados com muita luta nos últimos anos.
“Não podemos permitir que a infâmia, o mau-caratismo e a má fé de algumas pessoas destrua o que nós construímos a duras penas nesse país”, declarou o ex-presidente.
Para ele, esse é o momento de “levantar a cabeça outra vez” para defender os trabalhadores, mesmo que seja necessário fazer críticas ao governo.
“Temos que conversar e mostrar o que significa a aprovação dessa lei”, defendeu.
Segundo Lula, o diálogo entre os vários setores da sociedade, formalizado durante seu governo e perpetuado no governo da presidenta Dilma Rousseff, deve prevalecer.
“O grande legado que deixei foi essa relação que se estabeleceu com a sociedade brasileira”, afirmou.
Lula pediu também que as centrais sindicais e os movimentos sociais defendam a presidenta Dilma e as conquistas dos governos do PT.
“Deixem gritar ‘Fora Dilma’; quem tem que gritar ‘dentro’ é o nosso pessoal”, declarou.
O ex-presidente criticou a onda de pessimismo perpetrada pela mídia, que influência e prejudica outros setores da sociedade.
“Não vamos construir uma nação se continuarmos com esse grau de pessimismo que vemos aí. Por que no Brasil a gente desespera com tanta facilidade? Porque aqui temos um inimigo oculto, que se chama uma parte da imprensa brasileira”, ressaltou.
O ex-presidente também alertou sobre a campanha de difamação contra Dilma liderada por setores da imprensa brasileira e da oposição. Lula disse se tratar de uma “campanha institucionalizada” para criminalizar o PT e a presidenta.
“Estão fazendo com a Dilma o mesmo que fizeram comigo”, afirmou.
Lula ressaltou a urgência dos ajustes elaborados pela presidenta para recuperar o crescimento da economia e o esforço de Dilma para corrigir distorções do passado.
“É importante a gente fazer justiça e reconhecer. Tem gente que não sabe viver em adversidade. A Dilma não, ela aprendeu a viver em adversidade. Com 20 anos, estava sendo torturada. E naquele tempo não tinha delação premiada”, ressaltou.
Presente na cerimônia, o ator e ativista norte-americano Danny Glover elogiou a luta das centrais sindicais no Brasil e a história do ex-presidente Lula, o qual chamou de “meu herói”.
“A luta continua”, ensaiou Glover, em português.
O 9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT vai até o dia 17 de abril e acontece em Guarulhos.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias