“Não podemos concordar que o legítimo exercício do direito de oposição e de livre manifestação seja confundido com teses sem qualquer amparo na Constituição Federal, e que dificultam o pleno funcionamento das instituições brasileiras”, diz trecho da carta entregue à Dilma.
O documento cobra mais união das lideranças políticas e da sociedade para superar a crise e retomar o crescimento econômico.
Os governadores pediram ainda a regulamentação do novo indexador das dívidas de estados e municípios. Mais apoio nas áreas de saúde e segurança também fizeram parte das reivindicações.
Para evitar que a região sofra com os cortes no orçamento da União, os governadores prometem pedir a colaboração dos parlamentares das bancadas nordestinas.
A preocupação apresentada pelos governantes acontece após o governo anunciar um contingenciamento de verbas com o intuito de retomar o crescimento econômico. Entretanto, a presidenta reforçou, em declaração feita na última terça-feira (23), que o controle é necessário no momento, mas não afetará programas sociais.
Após a reunião, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou à jornalistas em entrevista coletiva que a mudança no indexador das dívidas dos estados não terá impacto relevante para o Nordeste. “O perfil e o período de contratação das dívidas dos estados do Nordeste não tem rebatimento e acolhimento com esse projeto que está no Congresso Nacional”, disse Rui Costa.
Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a presidenta Dilma se comprometeu a aprofundar a discussão sobre o fortalecimento do pacto federativo. “Alguns pontos nós não podíamos responder, a não ser aprofundando a discussão dentro do governo, e encaminhando também as demandas específicas dessa agenda em cada governo”, declarou à jornalistas.
Participaram da reunião o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB); da Bahia, Rui Costa (PT); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), do Piauí; Wellington Dias (PT); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); de Alagoas, Renan Filho (PMDB); do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD); do Ceará, Camilo Santana (PT) e de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB).
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias