Por Osvaldo Russo
Lideranças populares comentam que a direita brasileira é venezuelana, mas a esquerda é sueca.
O tic tac em campo pesado não funciona.
O jogo é pra centroavante que tromba com a zaga e faz gol e zagueiro que chuta canela e dá bico pra frente.
Em 1963, eu estava no Maracanã assistindo a final do mundial de clubes entre Santos e Milan.
Sem Pelé na frente e o capitão Zito no meio campo e com um temporal daqueles e campo encharcado, era difícil tocar a bola e jogar bonito como o Santos gostava.
No lugar do Rei Pelé entrou o Almir “Pernambuquinho”, centroavante valente e que não tinha medo de cara feia. Trombava e pra ele não tinha bola perdida. Em bola dividida ganhava todas.
Lá atrás, na zaga, tinha o Mauro capitão do bi no Chile. Jogador técnico, mas que dependendo da peleja sabia como ninguém chutar canela e dar bico pra frente.
O primeiro tempo terminou dois a zero para o Milan (um timaço).
Sem Pelé e naquele campo pesado, parecia impossível virar aquele jogo.
E com a garra e a habilidade do Almir e do Mauro, e a união do time, o Santos virou e venceu por quatro a dois.
O “Pernambuquinho”, que iniciou o jogo vaiado, virou o herói da partida e do bi do Santos.
Moral: não tem jogo perdido!
Mesmo sem o nosso Pelé da política – o Lula – podemos virar o jogo político e ganhar se nos comportarmos – principalmente a Dilma (substituta do Lula) e o PT (nossa zaga) – a altura do jogo, do campo e do adversário.