Além da proibição do financiamento, as entidades também defendem a realização de eleições em dois turnos (o primeiro com voto em lista de partidos e o segundo nos candidatos) e maior participação popular por meio de plebiscitos e referendos, que seriam convocados para questões nacionais. Todas as propostas fazem parte de um projeto de iniciativa popular defendido pela coalização.
O ato faz parte da Semana de Mobilização pela Reforma Política Democrática, que acontece entre os dias 20 e 29 de março. Mais de 500 mil eleitores já assinaram o projeto, que conta com apoio de 110 entidades da sociedade civil, incluindo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Para o deputado federal Fernando Marroni (PT-RS), “o financiamento empresarial de campanhas políticas é, hoje, o principal ponto a ser atacado no combate à corrupção”.
Já o deputado Jorge Solla (PT-BA) destacou a cobrança da sociedade em relação ao tema. “Na hora de votar a Reforma Política, os deputados não poderão ignorar o debate que é feito na sociedade, sob o risco de perder o respeito da população”, disse.
O deputado José Airton Cirilo (PT-CE) também defende a mudança do sistema eleitoral, com limites para as doações privadas. “
Eu defendo que o financiamento eleitoral seja misto, pois o poder econômico e a compra de votos é o mais grave, o financiamento sendo misto, com parte do dinheiro público e parte com dinheiro da iniciativa privada com valor limitado, o processo será mais transparente”, afirmou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações de Héber Carvalho, do PT na Câmara