“Parece que temos vergonha de ganhar a eleição”, completou Lula.
O ex-presidente também respondeu às tentativas da oposição de relacioná-lo à irregularidades.
“O mais importante legado que minha mãe deixou foi o direito de eu andar de cabeça erguida e ninguém vai fazer eu baixar a cabeça neste país”, desafiou.
“Honestidade não é mérito, é obrigação. Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também”, disse Lula.
O evento foi realizado no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio de Janeiro, com a participação de intelectuais, artistas, funcionários da Petrobras e representantes de movimentos, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
“Eles continuam fazendo hoje o que sempre fizeram”, ressaltou o ex-presidente.
“A ideia é criminalizar antes de ser julgado. Você tem que ser criminalizado pela imprensa. Se eu conto uma inverdade muitas vezes ela vira verdade”, afirmou.
Em seu discurso, o petista voltou a denunciar o comportamento de setores da mídia em relação às investigações na Petrobras. Também chamou a atenção para a crise que atingiu a maior empresa da América Latina, de forma desastrosa, por uma campanha que busca sua desmoralização.
“O objetivo é criminalizar também a política. Toda vez que tentaram isso, o resultado foi sempre pior. Na Itália, foi Berlusconi”, disse Lula.
“Não precisa mais de justiça. Se a imprensa falou está falado. Mas cheguei à Presidência duas vezes sem ela”, declarou.
Movimentos – Também presente no evento, o líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, saiu em defesa da reforma política e convocou o ex-presidente Lula e a militância a ir às ruas.
“A corrupção brasileira só será resolvida com a Reforma Política! Se não formos para a rua, a burguesia virá contra nós. Vamos para as ruas, companheiro Lula”, convocou.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, relembrou a importância da democratização da mídia brasileira.
“O Brasil precisa mesmo ser passado a limpo, mas primeiro precisamos de uma reforma democrática da mídia, que hoje atua como uma oposição golpista. Não podemos permitir que o projeto que foi derrotado chegue ao governo”, disse.
O jornalistas Eric Nepomuceno e Luis Nassif também participaram do ato e defenderam a importância da Petrobras para a economia brasileira, além da investigação das denúncias de atos ilícitos na estatal.
“Quem cometeu os desvios tem que ser investigado, julgado e punido. A Petrobras é minha, é do meu filho; a Petrobras foi do meu avô e se a gente não defender o que é nosso alguém nos tomará!”, disse Nepomuceno.
“Aqueles que acreditam num País com emprego e distribuição de renda apostam na Petrobras”, afirmou Nassif.
Da Redação da Agência PT de Notícias.