O prefeito afastado de Coari (AM), Adail Pinheiro, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) a 11 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, nesta terça-feira (18). Pinheiro é acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Ainda na terça-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus para Adail Pinheiro, que foi investigado pela Polícia Federal e foi denunciado pelo Ministério Público em 2009.
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), que em 2013 presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara que investigou a exploração sexual de crianças e adolescentes, a condenação e a prisão do ex-prefeito é “pedagógica” para a sociedade e pode coibir este tipo de crime.
“A população tinha muito medo de denunciar o episódio porque imperava a descrença no Estado democrático de Direito. Finalmente tivemos uma resposta e esse exemplo de Coari é pedagógico, essa condenação de onze anos e essa prisão vão contribuir para que as pessoas denunciem esse tipo de crime e para que essa prática seja coibida”, acredita a parlamentar.
Na opinião da deputada, o trabalho da CPI também foi “fundamental para dar visibilidade, para denunciar a impunidade que os acusados desfrutavam e a morosidade e a leniência com que o poder Judiciário do Amazonas tratou inicialmente o caso”.
Por Rogério Tomaz Jr., do PT na Câmara.