O texto proposto pelo Executivo busca ajustar as metas fiscais neste ano, com o abatimento na meta de superávit primário de todos os gastos com investimentos e desonerações de tributos.
“Se o Congresso não der autorização de superávit, nós cumpriremos o superávit. É simples. Suspende as desonerações, corta os investimentos, para as obras e para uma parte da economia”, advertiu.
” Nós vamos ter mais desemprego e ficará na responsabilidade de quem tiver essa atitude”, explicou o ministro.
Na entrevista, Mercadante defendeu a política econômica mantida durante o primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, com garantia de emprego e renda, apesar da crise econômica mundial. Além disso, o ministro ressaltou a importância de melhorar a distribuição de renda e ampliar a inclusão social no País.
“Temos uma política de proteção no País que não eram as respostas passadas. Nós éramos obrigados a assinar acordos com o FMI (Fundo Monetário Internacional) de corte de gastos, de aumento de receita e de impostos que aprofundavam a recessão e as dificuldades”, lembrou.
Questionado sobre o crescimento da economia brasileira e inflação, Mercadante disse ser preciso ampliar a avaliação, comparar a realidade brasileira com a dos demais países e avaliar a situação de forma globalizada.
O ministro garantiu que, no segundo mandato, a presidenta Dilma fará as reformas necessárias para garantir o crescimento econômico do Brasil com uma nova equipe, mais parcerias público-privada, mais investimentos e uma pauta na competitividade sistêmica da economia.
“A economia está globalizada, não adianta a gente pensar o Brasil fora do cenário internacional. A China está com a pior taxa de crescimento dos últimos 25 anos. Dos 20 países mais importantes na economia mundial, só cinco têm superávit”, explicou.
Reforma ministerial – Mercadante minimizou a polêmica criada em torno do pedido de demissão da ex-ministra da Cultura Marta Suplicy. “A presidenta inclusive se manifestou sobre o assunto e acha que é legítima a opinião dela. Faz parte do processo democrático”, disse o ministro.
Para Mercadante, a reeleição de Dilma representa o reconhecimento do povo brasileiro em relação às evoluções apresentadas no Brasil nos últimos 12 anos.
“Tivemos 3,5 milhões de votos a mais que o segundo colocado, um Uruguai a mais de votos. É a quarta vitória consecutiva (do PT). É um reconhecimento do êxito desse projeto”, afirmou.
Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias.