Crescimento econômico – A presidenta pretende ouvir diversos setores da sociedade para determinar os passos a serem dados, segundo ela, de modo a garantir um crescimento maior para o País. Em outra entrevista, à TV Bandeirantes, Dilma ressaltou os “fundamentos fortes” da economia do Brasil, como as reservas de US$ 376 bilhões. Razão pela qual o País, diz a presidenta, tem recebido investimentos diretos internacionais expressivos, da ordem de R$ 65 bilhões. “O Brasil hoje tem condições de sair desse processo de baixo crescimento em busca de um processo de alto crescimento”, garantiu a presidenta.
Reforma política – Dilma também conclamou a população a participar diretamente do processo de discussão da reforma política, seja por um referendo, seja por um plebiscito. Para ela, esta é uma questão mobilizadora da nação, sobretudo entre os jovens, e por isso não poderá ser resolvida sem participação popular. “Não é possível supor que a sociedade vai ficar alheia ao projeto da reforma política”, avaliou. Entre os principais pontos da reforma, defendido publicamente pela presidenta, está o fim das doações empresariais para campanhas políticas.
Homofobia – A presidenta foi taxativa ao definir o apoio pessoal ao projeto de criminalização da homofobia, medida por ela classificada de “civilizatória”. “O Brasil tem que ser contra a violência que vitima a mulher. A violência que muitas vezes, de forma aberta ou escondida, também fere os negros, que são a maioria da nossa população. E também tem que ser contra a homofobia, porque isso é uma barbárie”, afirmou.
Seca paulista – Dilma lembrou ter se reunido com o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, antes do agravamento da seca em São Paulo, para oferecer apoio para medidas emergenciais. Segundo ela, pela importância do estado, um problema dessa magnitude, quando afeta os paulistas, tem, naturalmente, repercussão em todo o Brasil.
Ao SBT, Dilma ressaltou que, pela Constituição, o gerenciamento da água é responsabilidade dos estados e municípios. No caso da cidade de São Paulo, é do estado por meio da companhia estadual de saneamento, a Sabesp. “Então, é óbvio que se o governador pedir, a hora que ele pedir, o governo federal estará pronto para ajudar. Agora, nós não podemos assumir a iniciativa”, explicou a presidenta. Antes, em entrevista à Bandeirantes, a presidenta ela havia ponderado, a respeito. “Independentemente do que diga a Constituição, esse é um problema tão grave que afeta toda a população brasileira”, falou.
A presidenta lembrou, a título de exemplo, o trabalho em conjunto do governo federal com todos os governadores do Nordeste, a fim de enfrentar a pior seca na região do Semiárido dos últimos 70 anos. Para tal, foram investidos R$ 32 bilhões, além de ações estruturantes voltadas para perenizar mais de mil quilômetros de rios. Além disso, foram contratados mais de seis mil caminhões-pipa e construídas um milhão de cisternas.
Veja, abaixo, as íntegras das entrevistas:
Por Tiago Falqueiro, da Agência PT de Notícias.