Noticia

Reforma da Previdência acaba com o emprego das próximas gerações

Ao acabar com o sistema previdenciário – um dos principais instrumentos de distribuição de renda – Bolsonaro retira dinheiro da economia e diminui vagas trabalho

economia é um ciclo. Quanto maior a renda da população, maior o poder de compra e o consumo. Consequentemente, é maior a geração de empregos principalmente nos setores da indústria e comércio. E quanto mais emprego, maior a geração de renda.Jair Bolsonaro (PSL) que, declaradamente, não entende sobre o sistema econômico não consegue entender essa lógica. Ele que nada faz para gerar empregos também quer acabar com um dos principais mecanismos para distribuição da renda: aPrevidência.

A reforma do sistema previdenciário proposta por Jair deve ter um impacto desastroso nesse sentido. A previsão é que, com a mudança, o impacto seja de 450 mil novos desempregados por ano. Foi o que explicou o economista Marcelo Manzano, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais de Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp.

Em entrevista ao  Brasil de Fato, Manzano afirma que a economia nacional vai perder uma média de R$87 bilhões por ano caso a reforma seja aprovada – sendo R$68,7 bi provenientes dos cortes nas aposentadorias e R$8,2 bi dos cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Isso representaria redução de um ponto percentual no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e perda de 450 mil vagas de emprego por ano.

“O que define o nível de emprego, em última instância, é a demanda, ora, o que o governo está fazendo com a reforma da Previdência é encolher a demanda. É tirar da economia aproximadamente R$ 100 bilhões por ano, que são transferidos regularmente para os trabalhadores de baixa renda que tem um efeito multiplicador muito forte e rápido na atividade econômica. O governo está tirando R$ 100 bilhões da economia imaginando que haverá emprego porque o custo está mais baixo. Isso é uma bobagem de uma teoria econômica ortodoxa. E o que sustenta a teoria é um viés ideológico da equipe econômica”, ressalta o economista.

Desemprego já atinge 13,1 milhões de brasileiros

O levantamento mais recente sobre desemprego mostrou que, em fevereiro, o percentual aumentou e chegou a 12,4%.  Isso significa que 13,1 milhões de brasileiros não conseguiam encontrar trabalho até aquele mês, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

IBGE também chamou a atenção para outros fatores alarmantes. O número de pessoas desalentadas, ou seja, que desistiram de procurar emprego é recorde na série histórica. Houve uma alta de 275 mil desalentados em relação ao mesmo período do ano passado e, hoje, quase 5 milhões de brasileiros se encontram nessa situação.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do Brasil de Fato

Artigos relacionados

Deixe um comentário

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo