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Gilberto Carvalho ressalta a importância da militância no terceiro governo Lula

"Ganhamos as eleições e os três fatores que nos deram a vitória tem um peso na formação desse governo: frente ampla, Lula e a militância"

Um dos mais experientes membros da equipe do presidente Lula, Gilberto Carvalho, analisou a importância da militância petista neste terceiro governo, que teve início com o povo passando a faixa para o presidente ao mesmo tempo em que terroristas tramavam na porta de quartéis.

Em evento realizado pelo PT/DF, ele afirmou que um dos três principais fatores que garantiu ao PT a vitória contra Bolsonaro nas últimas eleições foi a militância. Junto à figura de Lula e à frente ampla foi a militância que com seu trabalho incansável que conseguiu desmentir fake news e levar a mensagem correta à população.

E, mais, Gilberto aposta que esses três fatores terão um peso enorme no governo. “A frente ampla impõe limitações: ninguém ficou feliz de o governo ter entregue o ministério das comunicações para um aliado sem o nosso perfil. Assim como em alguns outros ministérios”.

Porém, em relação à militância, relembrou um pedido do presidente: “Lula pediu, ‘se mobilizem, pressionem o governo’. Ele fez isso pois sabe que a grande imprensa pressiona sempre. Assim como o mercado, sistema financeiro, empresas. E se ele não tiver pressão do lado de cá ele terá que ceder”.

A importância dos setoriais

Segundo Gilberto, a tarefa de pressionar o governo pelas mudanças que o PT vê como melhores para o Brasil deve ser organizada. E as melhores instâncias para organizar as insatisfações populares são os setoriais do PT. “É por meio deles que o PT está em contato com a base”, explicou.

No Distrito Federal, o presidente do partido, Jacy Afonso, vem fomentando a criação e fortalecimento dessa política de formação. “Desde 2017 temos investido  no processo de formação dos setoriais. Somos exemplo e fizemos um esforço enorme de composição deles”, afimou Jacy. No mesmo sentido, o presidente do PT/DF prosseguiu: “Dois setoriais nacionais nasceram em Brasília, o das pessoas idosas e dos direitos dos animais. Precisamos valorizar isso”.

E, é por meio dessa valorização que o partido poderá disputar o coração e a mente da população, principalmente da parte que não votou no PT nas últimas eleições. “Não temos hegemonia política na sociedade”, afirmou Gilberto, e por isso, o dirigente acredita que é importantíssimo não promover o esvaziamento do partido e a sua atuação, ainda que o governo demande quadros para o governo. Um exemplo dessa disposição foi dado pelo próprio presidente Lula, que pediu à deputada Gleise Hoffmann para que continuasse na presidência do partido ao invés de compor o governo.

“Não é governo que muda sociedade, é a luta social, é a luta de classes. O governo serve para potencializar a luta de classes. Ajuda na articulação de forças para a luta de classes”, afirmou Gilberto. 

Para assegurar as conquistas, é necessário fortalecer o povo

“Fizemos um bom governo com mudanças concretas para a vida do povo e depois do golpe bastou uma canetada para reduzir a pó as conquistas. E sem o mínimo de resistência da parte do povo” analisou o filósofo que também explicou, “A mudança só se dá num processo dialético entre estar no governo e estar junto do povo, organizando, fortalecendo organizações e educando”.

E essa dalética, segundo Gilberto, desembocou em uma nova forma de ver os movimentos sociais. “Anteriormente os movimentos sociais eram vistos como atrapalhadores do bom andamento do governo, mas neste, os movimentos são os realizadores reais de uma mudança que é necessária”.

Como mensagem final, Gilberto deixou a seguinte reflexão: “Os setoriais do PT tem um papel de fermento dessa luta, de romper a tendência de nos recolhermos dentro da burocracia e máquinas. É natural que descemos quadros para dar conta da tarefa governamental, mas não podemos nos distanciar dos pobres, a razão maior da nossa luta política”.

 

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