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Excluídos se unem por nenhum direito a menos

Com música, teatro, batucada e, sobretudo, muita unidade, centenas de pessoas dos mais variados segmentos sociais que compõe o Grito dos Excluídos no Distrito Federal marcharam do Museu da República ao Congresso Nacional, nesta quinta (7). O recado ao presidente ilegítimo Michel Temer foi claro: não aceitaremos nenhum direito a menos.
O movimento realizado em todo o Brasil está na 23ª edição e, neste ano, teve como lema: “Por direitos e democracia, a luta é todo dia”. Em Brasília, foram defendidos, também, temas como água, terra, trabalho, teto, saúde e educação.

A organização para a marcha começou nas primeiras horas do dia. Enquanto de um lado da Esplanada acontecia o desfile da Independência do Brasil, no Museu Nacional da República ─ local da concentração do Grito ─, populares se preparavam para combater o retrocesso e defender os direitos da sociedade, conquistados a duras penas.

O cenário era de unidade. Homens, mulheres, crianças, negros, LGBTs, indígenas, pequenos agricultores e outras frações excluídas socialmente se uniram na produção de faixas e cartazes que repudiavam o golpismo e suas políticas neoliberais. No palco ao lado, artistas e militantes se reversam nas falas e apresentações.

“O movimento é um lugar de protagonismo para os excluídos. Estamos aqui lutando com e pelos excluídos. Essa é uma forma de manifestar que não estamos parados, estamos em alerta e fazendo o enfrentamento”, avaliou Alessandra Miranda, da Coordenação Nacional do Grito.

Já Bruno Pilon, da Coordenação Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores, destacou que o campesinato brasileiro lida com a exclusão desde o processo de formação do país. “O campesinato está à margem da sociedade. Portanto, seria contraditório não estarmos aqui hoje. No entanto, nossa participaçãonão remete ao lamento de 500 anos de exclusão. Remete, sobretudo, aos 500 anos de luta e de resistência que ainda virão“, disse.

O Grito dos Excluídos
O Grito dos Excluídos é um conjunto de manifestações que ocorre todos os anos, desde 1995, em diversos estados, no decorrer da semana da Independência do Brasil, em 7 de setembro.
Os manifestos, que compreendem atos públicos, marchas, seminários, debates e outros, têm o objetivo de dar visibilidade aos excluídos da sociedade, denunciando os dispositivos de exclusão e propondo formas alternativas para se alcançar um ambiente social mais inclusivo. Este ano, pelo menos dez estados realizaram protestos.

Contra a reforma trabalhista
Ainda neste 7 de setembro, a CUT lançou durante as manifestações do Grito dos Excluídos a campanha de coleta de assinaturas para revogação da Reforma Trabalhista por meio de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip). A meta da Central é que mais de 1,3 milhão de pessoas assinem o documento. Em seguida, o material será levado à Câmara dos Deputados.
“Se esse Congresso golpista junto com o governo ilegítimo vêm atacando a classe trabalhadora, vamos mostrar nas ruas, nas praças e em todos os lugares que o povo é contra esse nefasto projeto”, destacou o secretário de políticas sociais da CUT Brasília, Yuri Soares.

Fonte: CUT Brasília

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