Eleições 2022: De 403 candidatas petistas, 17 são do PT-DF

Por: Comunicadoras do projeto Elas Por Elas – construção coletiva, com apoio de coordenações e assessorias das candidatas

Nas eleições deste ano, 33,27% das candidaturas a cargos majoritários e vagas proporcionais são de mulheres. O PT, que tem sua história ligada à luta das mulheres brasileiras, disputa o pleito com 403 mulheres, em todas as regiões do país, a cargos majoritários de governadoras (2), vice-governadoras (2), senadoras (3) e suplências (11), e proporcionais de deputadas federais (138), estaduais e distritais (247).

São mulheres diversas e ativistas feministas, que atuando na linha de frente das lutas diárias por direitos, acessos, dignidade, proteção, respeito e cidadania, dialogam com as demandas de segmentos organizados das lutas social, popular e cultural e dos movimentos feministas. São também mulheres que já ocupam espaços de poder e que juntas com iniciantes, estão decididas a mudar o jogo político atual.

No Distrito Federal, o PT tem 17 candidaturas femininasconcorrendoo pleito iniciado nesta terça-feira (16), pelaFederação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB). São uma candidata majoritária, que disputa vaga ao Senado; outra que concorre à primeira suplência daquela Casa Política; duas candidatas a deputadas federais etrês propostas de mandatos coletivos – Coletiva Somos, ColetivAÇÃO e Coletive CHÃO -, envolvendo 10 mulheres, mais três candidaturas individuais, na disputa por vagas à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Na Federação Brasil da Esperança há outras mulheres concorrendo as eleições. Mas, as 17 candidaturas de mulheres petistas já superam os 30% de candidaturas femininas, conforme a Lei 12.034, de 29 de setembro de 2009, que determinaa reserva de vagas de candidaturas por gênero.

Na avaliação da secretária de mulheres do PT-DF,Andreza Xavier, a ampliação das candidaturas de mulheres no PT evidencia o compromisso do partido com a luta das feministas na organização das demandas de todas as mulheres.

“Precisamos de mais mulheres ocupando os espaços políticos e há um conjunto de combativas companheiras do PT que colocaram seus nomes à disposição para essa eleição, porque entendem que precisamos eleger um grande número de mulheres feministas para transformar a política em nosso país e no DF. Mas, defendem que precisamos eleger mulheres que sejam comprometidas com nossas lutas e bandeiras, para ajudarmos Lula a reconstruir o país”, asseverou, confiante nos nomes que concorrem o pleito no DF.

Elas vão mudar o rumo

Parcela mais atingida pelas mazelas do (des)governo Bolsonaro, a maioria das mulheres brasileiras está sofrendo com o desemprego, a inflação, o aumento da fome e da miséria, a ampliação das desigualdades sociais e econômicas e aintensificação das violências – de gênero, política e governamental –, protagonizadas pelo atual grupo político que comanda o Poder Executivo Federal, depois do golpe misógino de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff.

Mas, ao mesmo tempo, serão as mulheres, que formam 53% do eleitorado brasileiro (TSE/julho), que poderão decidir os novos rumos do país e de seu povo, nestas eleições.

Na avaliação de Andreza Xavier, as mulheres são a parcela da população brasileira que irá decidir este pleito eleitoral.

” Neste ano, teremos a eleição mais importante de nossas vidas, em que a defesa da democracia, de nossos direitos, do combate à fome, à miséria e às desigualdades conduzirá nossa luta. As mulheres brasileiras, não tenho dúvidas, vão definir as eleições de 2022”, afirma.

A expectativa da secretária de mulheres tem procedência. Concorrendo a Presidência nas eleições de 2 de outubro, na Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) e contando com o apoio da federação Psol-Rede Sustentabilidade, do PSB, Solidariedade, Avante e Agir, Lula lidera nas pesquisas de intenção de votos e tem a maioria (46%) de votos das mulheres entrevistas (DataFolha/julho).

CANDIDATURA AO SENADO

Rosilene Corrêa

Rosilene Corrêa, candidata ao Senado

Professora da Rede Pública do Distrito Federal, agora aposentada, Rosilene Corrêa é candidata majoritária do PT-DF, na Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), concorrendo ao Senado da República. De origem humilde, Rosilene é uma mulher de luta, que venceu obstáculos, como destaca, por causa da educação. Assim, Rosilene se formou professora e tornou-se dirigente do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), dedicando sua vida a defender uma educação inclusiva, libertadora e comprometida em preparar crianças, adolescentes e jovens para a vida e para o trabalho. Para ela, a educação é a base da construção de um Distrito Federal melhor e mais feliz.

Sindicalista, feminista e envolvida em várias lutas, Rosilene Corrêa tem orgulho de ter sido escolhida para ser “a Senadora do Lula” no DF. Se eleita, vai ajudá-lo a reconstruir o Brasil, destruído pelo atual governo; lutar pela revogação da Reforma Trabalhista e da Emenda Constitucional 95 – Teto de gastos; defender o fim do Orçamento Secreto, e construir a proximidade entre a população do DF e o Senado da República.

Militante de causas nobres, se eleita, Rosilene Corrêa vai defender a promoção de justiça social e o combate às desigualdades, à fome, à pobreza. A candidata também tem em sua pauta a luta pela segurança alimentar; por uma reforma tributária justa, solidária e sustentável; a defesa da cultura e de quem nela trabalha; fortalecimento e ampliação da Rede de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência no DF; promoção da autonomia econômica e financeira das mulheres, especialmente, chefes de famílias; destinação de recursos públicos para programas habitacionais, com prioridade para as mulheres; defesa do investimento nas áreas básicas de saúde e educação; luta por educação de qualidade e inclusiva, da creche à universidade e com a valorização das profissionais e dos profissionais e propõe uma transição ecológica, com políticas de proteção do meio ambiente, sobretudo, o Cerrado.

Mariana Rosa

Mariana Rosa, candidata à primeira suplência ao Senado

Com graduação em Administração de Empresas e graduanda em Direito, Mariana Rosa Moreira dos Santos é candidata, concorrendo a vaga de primeira suplente ao Senado. Oriunda de um berço bastante humilde, Mariana é filha de uma cabeleireira que faleceu quando ela tinha 9 anos, quando passou a ser criada pela sua avó, também cabeleireira. Dessas duas mulheres herdou sua força para lutar por direitos.

Começou a trabalhar aos 15 anos, foi mãe aos 24, e logo entrou para a militância política. Presidente da Associação Humanizando Presídios (AHUP-DF), entidade que organizou quando seu irmão – que cumpria pena de reclusão – fugiu da penitenciária e foi executado pela Polícia, Mariana Rosa passou a liderar movimentos em defesa de familiares de presos, participando, inclusive, do Conselho Distrital de Segurança Pública do DF (CONDISP). Integra, ainda, a RIDE DF do Projeto Nacional Ação Cidadania, dando apoio a pessoas em condições vulneráveis.

Em 2016, com o golpe contra Dilma Rousseff, Mariana criou, juntamente feministas brasilienses, o coletivo Rosas pela Democracia e é uma das co-organizadoras do 8M Unificadas. Além de feminista, Mariana Rosa é também ativista cultural, tendo criado, no Guará, o Elas Por Elas (2010) e co-organizado o Mulherau, coletivo de mulheres artistas e empreendedoras. Em 2020, foi eleita para o Conselho Regional de Cultura de Águas Claras, onde mora atualmente, e atua no Diretório Zonal do PT, sendo sua secretária de comunicação.

Suas principais pautas são a luta por justiça social, o desencarceramento, a valorização da educação, a representatividade feminina e racial e a defesa do meio ambiente.

CANDIDATAS A DEPUTADAS FEDERAIS

Erika Kokay

Erika Kokay, candidata a deputada federal

Nascida em Fortaleza (CE) e vivendo em Brasília desde 1975, Erika Jucá Kokay tem mais de 45 anos de militância política, destacando-se pela defesa dos direitos humanos, especialmente, dos trabalhadores e das parcelas mais vulneráveis da população brasileira.

Ingressou na vida política em 1976, em plena ditadura militar e em 1982 iniciou sua carreira na Caixa Econômica Federal, onde organizou, em 1985, a primeira greve dos funcionários. Erika atuou na liderança da categoria bancária até ser eleita a primeira presidenta do Sindicato dos Bancários do DF.

A atuação de destaque como líder sindical levou Erika a ser eleita em 2002, pelo PT, para o primeiro mandato na CLDF. Desde então, foram cinco mandatos parlamentares consecutivos pelo PT-DF, sendo duas vezes como deputada distrital e três no mandato de deputada federal. Nas eleições deste ano, Erika Kokay é candidata a mais um mandato de deputada federal.

Com esta trajetória, Erika se notabilizou pela luta em defesa da democracia, da liberdade e dos direitos, com destaque para os direitos humanos dos mais variados segmentos sociais: mulheres, crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e populações pretas, indígenas e LGBTQIA+.

Na Câmara dos Deputados, foi líder da bancada do PT (2005) e presidente de duas comissões importantes: de Defesa dos Direitos do Consumidor e dos Direitos Humanos e Minorias. Em 2013, Erika atuou intensamente na Comissão de Direitos Humanos, enfrentando um deputado fundamentalista, denunciando ações arbitrárias, antiéticas e incompatíveis com a natureza dessa comissão.

Erika presidiu a CPI que investigou a exploração sexual de crianças e adolescentes e atuou na Comissão Especial de Reforma Política. Também presidiu a Comissão Especial da Educação sem o Uso de Castigos Corporais e integrou a Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente. Trabalhou pela demarcação do Santuário dos Pajés, no bairro Noroeste, em Brasília, e por outras ações em favor de segmentos “historicamente minorizados”, pela revogação de ação de despejo aos moradores do Córrego do Arrozal, e teve papel decisivo na recente vitória dos trabalhadores da limpeza urbana do DF.

Por sua luta e resistência, Erika Kokay é considerada uma dos parlamentares mais atuantes e produtivas do Brasil, e deputada 5 estrelas em produção legislativa, fiscalização e desempenho no DF . É identificada como a deputada de todas as lutas.

Vanessa É o Bicho

Vanessa É O Bicho, candidata a deputada federal

Nascida em Vitória (ES) e moradora da região do Paranoá, há 20 anos, Vanessa É O Bicho é servidora pública, com mestrado e doutorado, feitos na UnB. Professora, feminista e bissexual, ela surge com uma causa praticamente inexistente na política brasileira: os direitos animais. Com esta pauta, ela é candidata à vaga de deputada federal, fazendo uma conexão com dos direitos animais com os direitos humanos e a questão ambiental.

Vanessa É O Bicho quer ser uma voz de resistência contra o desmatamento, a liberação de agrotóxicos e a desapropriação de terras indígenas e em defesa de todos os animais, com olhar ampliado de direitos animais, buscando a preservação das florestas, agricultura orgânica, familiar, livre de agrotóxicos.

Se eleita, levará para o Congresso Nacional a pauta sobre o reconhecimento em definitivo da senciência animal e dos direitos da natureza na Constituição, como já foi feito por outros países. Defende a criação da Secretaria Nacional de Direito Animal, vinculada à Presidência da República, com coordenações de animais domésticos, silvestres e os utilizados na produção e na ciência; de um Conselho Nacional e de um Conselho Tutelar de Proteção Animal, para tratar sobre casos de maus-tratos. Defende, ainda, a realização de conferências nacionais e um ambiente favorável à aprovação de um marco legislativo para o Sistema Nacional de Defesa dos Direitos Animais.

No PT, Vanessa É O Bicho criou o Setorial Nacional de Direitos Animais, dialoga com o ex-presidente Lula sobre a importância dos direitos animais e a respeito de projetos sensíveis à causa animal e ao meio ambiente e tem compromisso com pautas sociais tais como a questão da fome no mundo, para o que se propõe a levar para a Câmara dos Deputados, o debate sobre a valorização das proteínas vegetais, como forma de eliminar a fome no Brasil, onde existem, hoje, 33 milhões de pessoas famintas. Defende, também, o direito de todas as pessoas de acesso à saúde, educação, segurança, assistência social e moradia.

Defensora da revogação do Teto os Gastos (EC-95), que congela investimentos sociais por 20 anos, Vanessa É O Bicho apresentou sugestão legislativa no portal e-Cidadania do Senado, que recebeu quase 80 mil apoios e, aprovada por unanimidade na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, foi transformada na Proposta de Emenda à Constituição Nº 54, de 2019 (PEC 54/2019), que aguarda relator na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. 

CANDIDATAS A DEPUTADAS DISTRITAIS

Organizadas em três mandatos coletivos – Coletiva Somos, ColetivAÇÃO e Coletive CHÃO -, 10 mulheres, ativistas de várias lutas sociais, populares e periféricas, disputam vagas à CLDF, pelo PT-DF, na Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB).  São elas!

Candidatas da Coletiva Somos

Hellen Frida

Hellen Frida, candidata a deputada distrital

Hellen Frida é ativista feminista periférica, bissexual, jovem, mãe da Ana Frida (5 anos). Baiana de Feira de Santana, Hellen carrega no corpo e na alma as marcas da mulher nordestina, agora na capital do país, onde, com seu histórico de lutas, é candidata oficial da Coletiva Somos, concorrendo vaga à CLDF.

Ela é doula, compôs o Conselho de Saúde do DF, trabalhou como Assessora de Gênero da Liderança do PT na Câmara Federal e compõe a Executiva do PT-DF como Secretária de Mobilização. Frida, como costuma ser chamada, articulou e coordenou a Rede de Solidariedade do DF, durante o momento mais crítico da pandemia da Covid-19. Ela também foi cofundadora, gestora e produtora cultural da Casa Frida, espaço que, de 2014 a 2019, existiu e resistiu bravamente, em São Sebastião-DF, como um ponto de cultura feminista e local de acolhimento de meninas, jovens e mulheres em situação de violência.

Nas eleições de 2018, Hellen foi candidata a deputada distrital, conquistando 5.791 votos; corações e mentes, que acreditaram em um mandato popular, pautado pelo senso de coletividade e pelas bases que a movimentam: F.eminismo, R.evolução, I.gualdade, D.iversidade e A.mor.

Claudia Farinha

Claudia Farinha, candidata a deputada distrital

Cláudia Farinha é brasiliense, formada em Direito, agricultora familiar, ecofeminista, comunicadora popular e mulher da terra, e é candidata a deputada distrital pelo Somos, um coletivo formado por quatro pessoas ativistas, militantes e moradores/as da periferia e do campo no DF, que concorrem às eleições, com o projeto de ocupar espaço político na CLDF, em diálogo com seus corpos, suas cores, suas bandeiras e suas lutas.

Conhecedoras dos desafios que estão colocados para a sociedade brasileira, diante da atual conjuntura de ameaças à democracia e à vida, as integrantes do Coletiva Somos têm como propostas centrais dar visibilidade aos problemas sociais e legislar a favor das lutas pela sobrevivência de todas as pessoas, especialmente, os povos do campo, visando garantir o direito à terra.

Ao lado de suas companheiras de coletivo, Cláudia Farinha tem a reforma agrária como referência, e vai trabalhar para viabilizar projetos de vida coletivos, orientados pela produção de alimentos saudáveis e pela geração de renda no campo, desta forma, contribuindo para o desenvolvimento rural, visando ampliar e fortalecer as infraestruturas de apoio à produção, com foco na promoção da conservação ambiental.

Ingrid Soares

Ingrid Soares, candidata a deputada distrital

Natural de Brasília (DF), Ingrid Soares é uma jovem estudante de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), membra do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e presidenta do Centro Acadêmico de Medicina (CAMed). Ela integra a Coletiva Somos; uma proposta de mandato coletivo, que disputa vaga à CLDF, nas eleições de 2 de outubro.

Católica apostólica romana, feminista e pesquisadora, Ingrid observa que há uma crença na tese segundo a qual “até hoje é difícil acreditar que a Senzala pode e deve entrar na Casa Grande pela porta da frente”. Ela desconstrói essa tese, afirmando: “nós, do Partido das Trabalhadoras e Trabalhadores, lutamos por essa conquista, porque entendemos que nunca foi fácil percorrer esse caminho e chegar na entrada”.

Dessa forma, Ingrid Soares busca desconstruir o pensamento sobre a impossibilidade de acesso à Casa Grande, com sua candidatura coletiva, ancorada no que disse o poeta, que partiu: “o sonho que se sonha só é somente um sonho e o sonho que se sonha junto torna-se realidade”.

Entre suas propostas ao parlamento distrital se destacam: atuar pelo reajuste das bolsas de pesquisa e extensão, destinadas a estudantes de graduação da UnB; fortalecer a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) e garantir o início das atividades da Universidade do Distrito Federal (UnDF). Ingrid também atuará para melhorar a mobilidade da juventude no DF e no Entorno, com passe livre irrestrito para estudantes.

Candidatas do ColetivAÇÃO

Cristiane Pereira

Cristiane Pereira dos Santos, Cris, candidata a deputada distrital

Militante da Central de Movimentos Populares (CMP) na área de saúde pública e moradia e dirigente da AMORA, Movimento de Moradia Popular do DF e Entorno, Cristiane Pereira dos Santos é a candidata oficial pelo ColetivAção, mandato coletivo que reúne seis pessoas filiadas ao PT e também ativistas de movimentos populares, da cultura, da economia solidária e da advocacia, para disputar uma cadeira na CLDF.

Ex-secretária de Movimentos Populares do PT-DF, Cristiane Santos defende o direito fundamental à moradia, a implantação de políticas públicas de combate à fome e à miséria; a implantação da Economia Solidária como política pública de geração de trabalho e renda; mais oportunidade de emprego, especialmente, para mulheres e pessoas pretas; a ampliação do acesso da população do DF aos benefícios sociais, com reorganização e reestruturação do Centro de Referência de Assistência Social e ações de combate à violência, principalmente, de gênero que atinge as mulheres, com destaque, as pretas.

Feminista e defensora de uma sociedade inclusiva, justa e democrática, Cristiane Santos considera fundamental que mais mulheres progressistas e de esquerda participem da política e ocupem mais espaços de poder e decisão.   

Gerdani Nascimento, candidata a deputada distrital

Nascida em Brasília, Gerdani Nascimento é formada em Gestão Recursos humanos. Filha de pai e mãe analfabetos e nordestinos, ambos já falecidos, ela carrega em sua história de vida um sentimento solidário e humanitário de ajudar crianças e idosos, que estejam em situação de vulnerabilidade social.

Com esse sentimento e defendendo a proposta de ocupar espaço de poder e de decisão para mudar a realidade de muitas outras pessoas com as quais convive, Gerdani é candidata do PT-DF, pelo ColetivAÇÃO, mandato coletivo que reúne, ao todo, seis pessoas que pleiteiam vaga à CLDF.

Construiu esse compromisso, ao tomar conhecimento de que sua mãe, apesar de ter poucos recursos, ajudava instituições de caridade, voltadas a acolher crianças e idosos abandonados. “Minha mãe é minha fonte de expiração. A partir das atitudes dela, de ter empatia com outro ser humano, vi a possibilidade de, participando da política, contribuir para mudar a realidade de pessoas que precisam da atenção do poder público”, afirma Gerdani, atualmente, trabalhadora de uma ONG que atende pessoas idosas.

Gerdani defende a criação de leis e a destinação de recursos para entidades e instituições que atuam na Economia Solidária e na cultura. Moradora do Gama, milita no combate à violência contra as mulheres.

(Foto) – Cristiane Ribeiro da Silva, Thaty, candidata a deputada distrital

Baiana de Feira de Santana, que veio para o Distrito Federal logo que nasceu, sendo hoje, moradora do Riacho Fundo II, Cristiane Ribeiro da Silva, compõe o ColetivAÇÃO, mandato coletivo que reúne seis pessoas de áreas diversas, com destaque, a luta por moradia. Nesta luta, Thaty, nome pelo qual é mais conhecida, integra a Amora e atua como diretora financeira da Cooperativa Reciclo, da qual está temporiamente afastada para fazer a campanha.

Identificada com as lutas das parcelas mais humildes da sociedade, Thaty está na disputa por uma vaga à CLDF, com o objetivo de ser a voz de pessoas que não conseguem se expressar pela falta de acesso ao conhecimento, entre as quais estão trabalhadoras e trabalhadores domésticas, diaristas, entre outras, que tentam sobreviver, trabalhando em áreas vulneráveis. Ela diz que, se eleito o ColetivAÇÃO, irá lutar pelo direito à moradia digna, especialmente, aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social e pelas demandas das catadoras e catadores de materiais recicláveis e vendedores e vendedoras ambulantes.

(Foto) Claudia Regina, candidata a deputada distrital

Mulher negra, natural do Maranhão, Cláudia Regina Vieira Lima é uma nordestina e meio-nortista, que surge das lutas populares, mirando-se no seu pai – Seu Omar (falecido) – e na sua mãe – Dona Cleres -, que faziam oposição à família Sarney, grupo que comandou o Maranhão por quase 50 anos. Servidora pública efetiva da Câmara dos Deputados, ela ingressou no Poder Legislativo em 1994, é bibliotecária de formação e tem pós-graduação em Administração de Recursos Humanos e Políticas Públicas no Legislativo.

Moradora de São Sebastião, ela é vice-presidenta do Centro de Formação e Cultura Casa Nação Zumbi, que assiste mais de mil famílias daquela região periférica do DF, a maioria delas chefiada por mulheres que estão fora do Orçamento dos atuais governos federal e distrital.

Com militância no movimento popular, Cláudia Regina integra o ColetivAÇÃO, mandato coletivo que reúne seis pessoas ligadas às lutas populares e que concorrem vaga à CLDF. “O ColetivAÇÃO é minha opção na política pelo caráter agregador, coletivo e altruísta”, afirma. Cláudia salienta que a proposta do grupo é defender a inclusão social de quem não tem proteção trabalhista, que sofre e é invisível; no caso, catadores de material reciclável, agentes ambientais, revendedoras de cosméticos, domésticas, diaristas, ambulantes, entregadores de encomendas por aplicativos e pedreiros – que não têm direitos básicos reconhecidos.

Cláudia Regina, que é reconhecida por sua luta pela liberdade de Lula – quando esteve preso em Curitiba -, e que o considera “a síntese do povo brasileiro”, quer caminhar com ele, nos próximos quatro anos, e contribuir com “a reconstrução deste país multicultural e multirracial”.

Candidatas do Coletive CHÃO

Professora Lêda Gonçalves, candidata a deputada distrital

Natural de Taguatinga (DF), Lêda Gonçalves é filha de imigrantes nordestinos que vieram construir Brasília. Foi professora da SEE/DF, diretora de escola, diretora da Regional de Ensino da Ceilândia e dirigente do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro/DF). Foi, também, Conselheira do Conselho de Educação do DF.

É professora universitária, com doutorado em Psicologia. Atua nas lutas em defesa das cidades e de áreas importantes tais como educação e cultura, e no combate ao racismo. É candidata oficial do Coletive CHÃO – mandato coletivo composto por outras três pessoas – concorrendo vaga à CLDF.

Em sua campanha, Lêda Gonçalves apresenta por meio do Coletive CHÃO várias propostas para o exercício do mandato coletivo na Câmara Legislativa do DF, se eleita. Suas principais propostas são: trabalhar pela diminuição da mortalidade precoce da população negra; acompanhar e fiscalizar a implementação do programa integral de Saúde da Mulher, com foco específico para as mulheres negras, indígenas, LGBTQIA + e ciganas; lutar pela garantia de vagas em instituições públicas na educação infantil (creche) para todas as crianças; estabelecer metas e procedimentos acerca da saúde dos profissionais de educação das redes pública e privada; lutar pela imediata qualificação, ampliação e fortalecimento da Rede de Enfrentamento da Violência Doméstica e familiar contra a mulher e lutar por uma renda básica que substitua os dispersos programas de assistência social já existentes, rumo à implementação de uma renda básica de cidadania.

Sheila Campos, candidata a deputada distrital

 Sheila Campos é artista e feminista, assumidamente anticapitalista, anarquista, Amazona-Elekô e anti-especista, que compõe o Coletive CHÃO; mandato coletivo que disputa vaga à CLDF, nas eleições de outubro, reunindo três outras pessoas militantes de causas sociais e populares.

Comunicadora há 30 anos, 19 deles, na Rádio Cultura FM de Brasília, Sheila Campos tem uma história de militância que vem desde os 12 anos, quando entrou pela primeira vez no grêmio estudantil da sua escola.

Pesquisadora de “Arte, Política e Ideologia” e criadora da Escola Feminista de Brasília, ela tem compromisso de estar sempre no aprendizado de outras pautas como, por exemplo, a anticapacitista, a antiespecista e a ambiental.

Luiza Cruz, candidata a deputada distrital

Nascida no Maranhão e moradora de Samambaia, Luiza Cruz é candidata do Coletive CHÃO, mandato coletivo que agrega militantes de lutas que estão na pauta política e social do país. Mulher transexual, que trabalha como diarista e que sonha em voltar a estudar, Luiza Cruz atua nas lutas transfeminista, antirracista e dos direitos humanos, especialmente, os da população LGBTQIA+, que vive sob tenção, sofrendo discriminações, ameaças, ausência de direitos e até mesmo sendo alvo de assassinatos.

Ela concorre vaga à CLDF pelo Coletive CHÃO com as seguintes propostas: atuar na implementação de políticas e projetos de apoio à inserção de pessoas trans no mercado de trabalho formal; auxiliar na regulamentação do ambulatório trans (CEDIM); trabalhar pela garantia de acesso a saúde, com formação dos profissionais da área para atender à população LGBTQIA+ e propor a implementação obrigatória de banheiros neutros nos estabelecimentos que atendem ao público.

Candidaturas individuais

Fátima Rôla, candidata a deputada distrital

Servidora pública que atua na área da saúde há 39 anos, Fátima Rôla, 61 anos, é uma filha de nordestinos, que nasceu em Brasília, onde vive, participando da vida política e questionando os problemas que a capital federal do país enfrenta. Casada, mãe (tem uma filha) e avó (tem três netinhos), Fátima Rôla é candidata a conquistar uma vaga na CLDF, nas eleições de 2 de outubro.

Em sua militância cotidiana, Fátima Rôla se dedica a lutar incansavelmente por melhorias nas áreas básicas, com destaque, a saúde, setor para o qual defende a contratação de novos servidores, a volta da Carreta da Saúde da Mulher, mais creches no DF e vai lutar para que as decisões saídas de conferências realizadas no DF, sejam implementadas, imediatamente, em benefício da população que mais necessita dos serviços públicos de saúde.

Thelma Mello, candidata a deputada distrital

Artista, educadora, feminista e militante da cultura, Thelma Mello é natural do Rio de Janeiro, passou sua infância e adolescência em Patos de Minas, Minas Gerais, e reside em Brasília, há 27 anos, a “cidade do coração”, que a acolheu e abriu portas para sua formação acadêmica e para o amor, como ela mesma afirma: “a cidade que me possibilitou conhecer meu companheiro de jornada e que me deu meus dois filhos”.

Conselheira Tutelar pelo DF, ela já foi Conselheira de Direitos Humanos. Estas experiências a motivaram a participar mais intensamente da política, ao perceber que as mulheres e pessoas vulneráveis vivem um cotidiano de injustiças e desigualdades, que precisam ser enfrentadas com coragem e determinação.

É para lutar pelas demandas e direitos das mulheres, por direitos e pela dignidade de todas as pessoas em situação de vulnerabilidades, que Thelma Mello é candidata do PT-DF, a uma vaga à CLDF, nas eleições de 2 de outubro.

Se eleita deputada distrital, Thelma Melo vai lutar para ampliar a representação feminina nos espaços de poder político; pelo combate às violências contra as mulheres; pela defesa dos direitos de todas as mulheres, crianças e adolescentes; pelo acesso de todas as pessoas às políticas públicas, pela implementação da tarifa zero no transporte público; por um piso salarial digno para todas as trabalhadores e trabalhadores e pela implantação de uma renda básica para todas pessoas do DF que dela necessitem, defendendo, ainda, que o acesso à cultura seja item da cesta básica, e possa chegar em todos os territórios do DF.

Meg Guimarães, candidata a deputada distrital

Natural de Redenção do Gurguéia (PI) e residente no DF, desde 1983, Magnete Barbosa Guimarães, conhecida como Meg Guimarães, é orientadora aposentada pela Secretaria de Educação do DF, ex-diretora do Sinpro-DF e vice-presidente licenciada da CUT-DF. Assim, ela marca sua história de sindicalista, nas greves da sua categoria e no apoio às lutas da classe trabalhadora.

Forjada na luta no movimento estudantil universitário, Meg é militante internacionalista, que atua na defesa da autodeterminação dos povos. Militante do PT desde a década de 1990, integra a Executiva do PT de Taguatinga, onde reside.

Graduada em Pedagogia-Orientação Educacional, e com especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional (UnB), Meg Guimarães é comprometida com as lutas de professoras e professores, tendo contribuído com a construção do atual Plano de Carreira do Magistério Público do DF (lei 5.105/2013) e com o fortalecimento do cargo de Pedagogo-Orientador Educacional.

Meg Guimarães quer representar os anseios da classe trabalhadora e da juventude na CLDF, onde planeja externar sua indignação contra a grave crise política, econômica e social por que passa o país e o DF, com desemprego, fome, miséria e precarização das condições de vida das pessoas, e denunciar a violência que atinge as mulheres, especialmente as pretas e pobres, as pessoas jovens e periféricas, a população LGBTQIs+ e as pessoas com deficiência.

Seu compromisso maior é eleger Lula presidente para mudar o quadro atual, revogar as reformas trabalhista e da previdência e a Emenda Constitucional 95 – “Teto de Gastos” -; anular as privatizações e instalar uma Assembleia Constituinte Soberana.

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