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Secretaria de Mulheres do PT DF terá eleição neste domingo (31); conheça as três candidatas ao pleito

As companheiras Andreza Xavier, Sarah Lindalva e Wilma dos Reis disputam a Secretaria e apresentam suas propostas. A eleição é amanhã, em plenária virtual; Saiba como será o processo de votação.

A Secretaria de Mulheres do PT DF (SMPTDF) vai realizar sua plenária final, com a eleição, neste domingo (31), de quem irá estar à frente dos trabalhos nos próximos quatro anos. A disputa ocorre entre as companheiras Andreza Xavier, atual Secretária, Wilma dos Reis e Sarah Lindalva. Conheça os perfis das candidatas, as propostas e os desafios, considerados por elas, a serem vencidos pelo movimento feminista no partido e no DF. Ao final da matéria, veja o informe sobre como será o processo de votação, amanhã, a partir das 9 horas.

A Secretaria de Mulheres do PT DF é uma conquista das mulheres petistas no Distrito Federal, tendo sido criada em 2008, a partir da luta do feminismo para a conquista de mais espaço institucional.

As mulheres estiveram presentes em fatos históricos e relevantes, no Brasil e no DF, como a própria fundação do PT, a eleição e reeleição do companheiro Lula, a 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, a eleição e reeleição de Dilma Rousseff, o golpe contra Dilma em 2016, a prisão injusta de Lula em 2018, sua liberdade, o Projeto Elas por Elas e a vitória do PT em duas eleições ao governo local, entre outros.

Na quinta-feira (28), o coletivo promoveu um debate entre as postulantes à Secretaria de Mulheres. Com a presença de 77 filiadas, a plenária proporcionou que as candidatas expusessem suas ideias e propostas, respondendo às perguntas das demais companheiras.

Apresentamos, a seguir, por ordem alfabética, os perfis das candidatas e as principais propostas para a SMPTDF:

Andreza Xavier 280 – Chapa Feminismo para derrotar o fascismo

Andreza Xavier, atual Secretária de Mulheres do PT DF, jovem feminista, professora, negra, filha de nordestina e nordestino, iniciou sua militância política no PT, no movimento estudantil e na juventude do PT. No governo Dilma, trabalhou na Secretaria Nacional de Juventude e na Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, especificamente na Secretaria de Autonomia Econômica das Mulheres.

Andreza cita, entre as prioridades de sua gestão, continuar o combate ao governo Ibaneis Rocha (MDB-DF) que, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, aplica a mesma política neoliberal, com cortes de direitos e de políticas públicas, privatização de bens públicos, terceirizações e desmonte do estado. “Ibaneis, assim como Bolsonaro, desdenha das políticas voltadas à assistência das  mulheres”, afirma.   

Andreza explica que, a comprovação do esvaziamento das políticas públicas para as mulheres e o sucateamento da Rede de Proteção às Mulheres Vítimas de Violência do atual governo do DF é o Relatório Final da CPI do Feminicídio, instalada pela Câmara Legislativa do DF em 2019, no qual trabalhou na elaboração do documento, como assessora da deputada Arlete Sampaio.  

O Relatório denuncia a falta de investimentos nos equipamentos públicos voltados às mulheres, bem como uma defasagem no quadro de servidoras/es, além da ausência capacitação dessas/es profissionais para lidarem com os casos de violência contra a mulher. “É necessário conectar os serviços do Sistema de Justiça, da Saúde, da Assistência Social e reestabelecer, de fato, a Rede de Proteção às Mulheres Vítimas de Violência, ações que não existem no governo Ibaneis”, destaca Andreza.  

Outras críticas a Ibaneis no que concerne às mulheres, segundo a candidata, são o descaso com a saúde e a educação, com políticas de segurança pública racistas, promovendo o genocídio do povo negro e desvalorizando as bandeiras do movimento feminista ao ignorar a importância de políticas públicas voltadas para as mulheres.

“As consequências da política do governo do Distrito Federal são graves e precisam ser respondidas à altura. É papel do PT seguir fazendo oposição nas ruas e no parlamento e construir um programa capaz de se contrapor a essa realidade, denunciando as práticas machistas da direita que também se organiza no nível distrital”, avalia.  

Principais propostas da candidata e sua chapa Feminismo para Derrotar o Fascismo

– Propor à direção do PT DF políticas de enfrentamento às violências contras as mulheres, incluindo a violência política de gênero, organizando o combate ao machismo dentro e fora do
partido e buscando construir novos valores e práticas.
– Dialogar com religiosas progressistas sobre o enfrentamento às violências de gênero e de política de gênero.
– Criar um Conselho Político, de caráter consultivo, com representação das forças para dar sustentação política e participação efetiva nos debates da Secretaria de Mulheres do PT-DF.
– Fortalecer o Elas por Elas e as candidatas à eleição em 2022, sobretudo no que tange o debate sobre o Fundo Especial de Financiamento de Campanha e à construção do Plano de
Governo.
– Manter na pauta de reinvindicações da Secretaria a reestruturação e o funcionamento da Rede de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violências no DF, com destaque às mulheres negras e LBTQIA+.
– Cobrar do GDF o cumprimento da Lei 6.779, de 2021, que prevê a distribuição gratuita de absorventes em escolas e em Unidades Básicas de Saúde para mulheres em situação de vulnerabilidade e estudantes da rede pública no Distrito Federal.

Conheça a tese guia e as demais propostas da candidata e de sua chapa Feminismo para Derrotar o Fascismo:








Sarah Lindalva 204 – Chapa Fora Bolsonaro e seus generais

Sarah Lindalva é a mais jovem das três candidatas à Secretaria de Mulheres PT DF. Com 27 anos e filiada ao PT desde os 15, Sarah tem a política na veia: começou a militar no movimento estudantil para provocar a construção do muro de sua escola e nunca mais parou. Junto com a Juventude Revolução do PT fez parte do processo de criação da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) do Gama, onde reside até hoje. Na universidade, compôs o Centro Acadêmico de Letras, sua área de formação. Foi diretora da UNE por dois mandatos e, recentemente, compôs a Executiva Nacional da JPT e atualmente é membro da Executiva do PT DF.

Sarah explica que é candidata a secretária de mulheres do PT porque reconhece a necessidade de organização partidária para o atendimento das reivindicações das mulheres trabalhadoras. Mas, para ela, isso significa não cair na armadilha da divisão entre homens e mulheres. “Acredito que, somente o movimento de classe é capaz de conquistar nossas reivindicações históricas e recuperar o que nos foi retirado, principalmente, após o golpe contra a presidente Dilma  que, apesar da existência de ataques machistas e misóginos, foi uma ação imperialista contra o nosso povo trabalhador”, avalia.

Unidade para derrotar Bolsonaro e seus generais

A candidata ressalta que a eleição de Bolsonaro, “abriu um esgoto que fez crescer a violência contra a mulher, com aumento do feminicídio e o desprezo de setores da sociedade às demandas das mulheres”. Também, em sua visão, os cortes do orçamento tem sucateado ainda mais os serviços públicos, que poderão ser privatizados com a PEC 32, que acaba com a estabilidade dos servidores públicos, comprometendo, gravemente, a espinha dorsal da administração pública.

 “É necessário que, de forma coletiva e organizada, as mulheres do PT lutem contra esse projeto que poderá deixar em terra arrasada tudo o que construímos. É a oportunidade de nos colocarmos em discussão com as mulheres trabalhadoras das cidades, nos locais de trabalho, escolas e universidades. Impor essa derrota ao Bolsonaro nos ajudará na luta pelo fim imediato desse governo levando junto seus generais. Não precisamos de generais, precisamos é de dignidade, respeito e igualdade social”, pontua.

Com essas instituições, não dá!

Para Sarah, sem as reformas estruturais –  da mídia, judiciária, militar, revogação das privatizações estratégicas e outras em andamento – é evidente que as mulheres não se sentem representadas pelas instituições que deveriam protegê-las. “Para isso, para estabelecer a soberania nacional e a justiça social, é preciso, agora que temos Lula Livre, um novo governo e uma Constituinte Soberana”, finaliza.

Leia mais sobre as propostas de Sarah Lindalva e da Chapa Fora Bolsonaro e seus Generais:






Wilma dos Reis  220 – Chapa Feminismo para Tempos de Guerra

Wilma dos Reis é militante do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, advogada, feminista, socialista, militante da Marcha Mundial das Mulheres, participante ativa da construção da luta pela emancipação das mulheres no partido e na sociedade.

Wilma pontua que, em sua visão, a atual conjuntura política e social, especialmente para as mulheres, requer mais audácia da Secretaria. “Além de estarmos nas ruas pelo Fora Bolsonaro, precisamos estar nas Zonais, construindo, nos organizando, nos formando e nos instrumentalizando para as eleições de 2022 e aumentar as fileiras do PT. Para isso é preciso dialogar com a realidade das mulheres trabalhadoras. Esse é o ponto central da minha candidatura: trazer as mulheres do povo para dentro do PT DF.”

A seguir, ela apresenta suas propostas:

– Ampliar as pautas da Secretaria, por meio de sua transversalidade, com as Secretarias e os Setoriais e dialogar com as Zonais, de forma a abarcar a diversidade de mulheres que compõem o PT.

– Colocar as pautas das mulheres no centro do debate do partido, nas diversas instâncias e no dia a dia da militância;

– Debater e alinhar a construção do Feminismo Petista, a luta deve estar atrelada à luta de classes, assim como as demais opressões.

_ Formação permanente, diálogo com as zonais e os movimentos sociais;

– Fiscalizar o cumprimento da paridade, dialogar e incentivar as mulheres a estarem nas instâncias do partido, além de contribuir na instrumentalização dessa ocupação;

– Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) –  debater uma proposta coletiva e apresentar para a Secretaria Nacional de Mulheres. Para isso, é necessário articular antes com os demais estados.

– Promover maior autonomia da SMPTDF, democratizando a distribuição do FEFC, com a consciência de que é dinheiro público.

– Violências contra a mulher – combater o conservadorismo dentro e fora do partido, promover formação para o conjunto do partido quanto ao enfrentamento e combate à violência contra as mulheres e elaborar campanhas de prevenção;

– A organização das mulheres deve ser de baixo para cima e de forma coletiva, afinal, o PT é patrimônio da classe trabalhadora e esta deve ser parte diária da sua construção.

Conheça a Tese da candidata e sua chapa Feminismo para Tempos de Guerra:







Programação da Plenária Final e Eleição

– 9h às 10h: Votação das emendas à tese guia, resoluções e moções. Será pelo zoom. Para participar acesse o link da plataforma Zoom: https://us02web.zoom.us/j/81840366456?pwd=YW4yRysxVHpvRko0L20rYVczdEF4dz09

– 10h às 20h (apenas votação on line): votação para secretária de mulheres, chapa ao coletivo distrital e chapa da delegação nacional.

Essa votação será pelo link que as credenciadas receberão por email e, também por mensagem SMS, diretamente do PT Nacional. Caso não encontre o email na sua caixa de entrada, é  importante verificar a caixa de spam.

– Você pode abrir o link na ferramenta que for melhor para você: email ou SMS. Ao votar, sua participação no Encontro de Mulheres do PT DF estará concluída.

– Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo email smptdf@gmail.com, pois haverá plantão durante todo domingo para orientações.

Números das candidatas e chapas

Andreza Xavier –  280
Chapa ao Coletivo – 480
Delegação Nacional – 580

Sarah Lindalva – 204
Chapa ao Coletivo – 404
Delegação Nacional – 504

Wilma dos Reis – 220
Chapa Coletivo – 420
Delegação Nacional – 520

A plenária final da Secretaria de Mulheres é neste domingo (31)

PT DF

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