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Zonais do PT: Ceilândia tem o Professor Nelson à frente do Diretório

A Zonal do PT em Ceilândia conta com o Professor Nelson na presidência. Nordestino do Piauí, professor de matemática, é aposentado da Secretaria de Educação, onde trabalhou por 33 anos. Num total de quatro décadas dedicadas ao serviço público, oito anos foram como servidor do Departamento de Polícia Federal. É filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 1986.

Apesar da experiência na área policial, Nelson diz que não conseguiu servir na polícia. “Eu até tentei, mas trabalhar com armas não é para mim. Me encontrei sendo professor da rede pública, quando pude me realizar como pessoa e como profissional”, afirma.

Foi diretor do Sindicato dos Professores por três mandatos (1986 a 1989, 2001 a 2003 e 2004 a 2007). No governo petista de Cristovam Buarque, entre 1995 e 2000, foi eleito diretor da Escola Classe 37, do Centro de Ensino 23 e do Centro Educacional 13 do P Norte. E de 2011 a 2014, durante a gestão do ex-governador Agnelo Queiroz, foi diretor da Regional de Ensino de Ceilândia. “Cumpri minha tarefa na educação pública com muito orgulho”, diz ele.

Atualmente, além de ser o presidente do PT Ceilândia, é assessor parlamentar do deputado Chico Vigilante.

Atividades da Zonal Ceilândia

Professor Nelson explica que, mesmo com as questões decorrentes da pandemia, como o isolamento social e os protocolos recomendados pela Organização Mundial de Saúde, o PT Ceilândia tem sido bem sucedido em suas atividades. “Apesar de os integrantes mais idosos terem ficado impedidos de muitas ações nesse período da Covid 19, realizamos reuniões do Diretório e da Executiva online e mantivemos nossa coesão quanto aos temas do partido”, diz ele.

Desde 2019, quando o Professor Nelson assumiu a presidência, a Zonal tem marcado presença em todas as atividades do partido, além da realização de inúmeras ações da Zonal e do PTDF, como os debates e atos organizados pelas Secretarias de Mulheres e de Formação, participação no carnaval de Ceilândia, com abadás do PT, reuniões do Diretório sobre rede solidária de Ceilândia e sobre as condições sanitárias da população da cidade na pandemia, que teve que sobreviver sem testagem, sem atendimento no CRAS, com falta de água e luz na região.

Também foram realizados em sua gestão um evento de integração de petistas afastados e novos petistas, o Sarau das Mulheres em comemoração do Dia Internacional das Mulheres, participação nas atividades de Greve Geral, atos pelo aniversário de Ceilândia e de Brasília e participação nas ações organizadas pela CUT.

Além dessas atividades, a Zonal integra os faixaços, organizados pelo Sinergia Petista, que acontecem todas as sextas-feiras nas principais vias do DF, denunciando os governos de Bolsonaro e Ibaneis Rocha. E participa da campanha contra fome, com distribuição de cestas básicas. “Brigamos por vacina no braço e comida no prato”, diz o professor.

Diversos debates online foram realizados para analisar a conjuntura sócio-política no DF e na Ceilândia, com nomes importantes do partido, como os parlamentares distritais Chico Vigilante e Arlete Sampaio, a secretária de Formação Leda Gonçalves, o ex-ministro Ricardo Berzoini, entre outros.

O Diretório também  participa da Conferência Nacional Paulo Freire, de Formação e Educação Política do PT/DF, juntamente com as Zonais de Brazlândia, Ceilândia, Recanto das Emas e Santa Maria-DF.  

Para 2022, Professor Nelson afirma que a Zonal PT Ceilândia está pronta para iniciar a campanha pela eleição do presidente Lula e da candidatura petista ao GDF. “Estamos com 12 faixas prontas que fizemos para o aniversário de 42 anos do partido, mas a chuva nos impediu de usá-las. Remarcamos a atividade para o próximo dia 13. O PT Ceilândia está mobilizado para sermos vitoriosos nas eleições desse ano”, conclui.

Conheça Ceilândia – RA-IX

Em 1969, com apenas nove anos de fundação, Brasília já tinha 79.128 pessoas sem teto, que moravam em 14. 607 barracos, para uma população de 500 mil habitantes em todo o Distrito Federal. Naquele ano, foi realizado em Brasília um seminário sobre problemas sociais no Distrito Federal. O favelamento foi o mais gritante. Reconhecendo a gravidade do problema e suas conseqüências, o governador Hélio Prates da Silveira (gaúcho de Passo Fundo) solicitou a erradicação das favelas à Secretaria de Serviços Sociais, comandada pelo potiguar Otamar Lopes Cardoso. No mesmo ano, foi criado um grupo de trabalho que mais tarde se transformou em Comissão de Erradicação de Favelas.

Foi criada, então, a Campanha de Erradicação das Invasões – CEI, presidida pela primeira-dama, dona Vera de Almeida Silveira. Em 1971, já estavam demarcados 17.619 lotes, de 10×25 metros, numa área de 20 quilômetros quadrados – depois ampliada para 231,96 quilômetros quadrados, pelo Decreto n.º 2.842, de 10 de agosto de 1988, ao norte de Taguatinga nas antigas terras da Fazenda Guariroba, de Luziânia – GO, para a transferência dos moradores das invasões do IAPI; das Vilas Tenório, Esperança, Bernardo Sayão e Colombo; dos morros do Querosene e do Urubu; e Curral das Éguas e Placa das Mercedes, invasões com mais de 15 mil barracos e mais de 80 mil moradores. A Novacap fez a demarcação em 97 dias, com início em 15 de outubro de 1970.

Em 27 de março de 1971, o governador Hélio Prates lançava a pedra fundamental da nova cidade, no local onde está a Caixa D’água. Às 09 horas daquele Sábado, tinha início também o processo de assentamento das vinte primeiras famílias da invasão do IAPI. O Secretário Otomar Lopes Cardoso deu à nova localidade o nome de Ceilândia, inspirado na sigla CEI e na palavra de origem norte-americana “landia”, que significa cidade (o sufixo inglês estava na moda). Foi oficiado, na chegada das famílias ao assentamento, um culto ecumênico em ação de graças. A primeira família assentada na QNM23, Conjunto “P”, lote 12, Ceilândia Sul – é a da Sr.ª Edite Martins, mãe de três filhos menores e que recebia de salário 170 cruzeiros, atualmente morando na QNM 23 Conjunto “A” casa 20.

A primeira vez que um ônibus fez a linha Ceilândia-Plano Piloto foi em 28 de março de 1971, um dia após a chegada da primeira família. Era um coletivo da TCB e a passagem custou 60 centavos. Em 02 de abril de 1971, nasceu de parto normal o primeiro ceilandense, Clébio Danton Melo Pontes, filho de Maria Eliete de Melo Pontes e Manuel da Ponte. Clébio se chamaria Ceilândio, mas graças a interferência do assistente social, Reinaldo Pitanga, o pai do menino mudou de idéia.

A primeira coleta de lixo foi feita pelos garis Sebastião José Lourenço, Armando Campos Sobral e Antônio da Silva Sobrinho, em 31 de março, sob a coordenação do Serviço de Limpeza Urbana, baseado em Taguatinga, e tendo como veículo de transporte o caminhão de placa 547, conduzido pôr Amadeu Pereira da Silva.

Em nove meses, a transferência das famílias estava concluída, com as ruas abertas em torno do projeto urbanístico de autoria do arquiteto Ney Gabriel de Souza – dois eixos cruzados em ângulo de 90 graus, formando a figura de um barril. Nos primeiros tempos foi um drama. A população carecia de água, de iluminação pública, de transporte coletivo, e lutava contra a poeira, a lama e as enxurradas.

Em 1972, entra em cena uma jovem formanda em Serviço Social pela Universidade de Brasília, Maria de Lourdes Abadia Bastos, convidada para trabalhar com a assistente social Julimar Mata Machado. Maria de Lourdes Abadia começou então a trabalhar no Centro de Desenvolvimento Social – CDS, responsável pela integração social dos moradores do novo núcleo habitacional. Logo foi convidada pelo Governador Hélio Prates para assumir a Administração de Ceilândia. Abadia continuou na Administração, nos Governos seguintes – o engenheiro Elmo Serejo, Aimé Lamison, o José Ornelas e José Aparecido – tendo sido, portanto, a responsável pelas bases da Ceilândia moderna.

Em 27 de junho de 1975, o Decreto n.º 2.842 definia a área dos setores M e N de Taguatinga, Dois dias depois, o Decreto n.º 2.943 criava a Administração de Ceilândia, vinculada a Administração Regional de Taguatinga. Em 25 de outubro de 1989, a Lei 11.921 criava a nova Região Administrativa do Distrito Federal, que virava, assim, a nova cidade-satélite de Ceilândia. O aniversário de Ceilândia é comemorado no dia 27 de março, por força do Decreto n.º 10.348, de 28 de abril de 1987. (Fonte: Administração Regional)



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