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Alckmin: água de esgoto para as casas de São Paulo

Na busca por uma solução para o problema de falta de água em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) continua atrás de paliativos. Na última quarta-feira (5), o tucano anunciou que irá usar esgoto tratado para abastecer casas da região em forma de água potável.

O estado vai construir duas estações de produção de água de reuso, isto é, tratadas do esgoto. O volume será despejado nas bacias do sistema Guarapiranga e Alto Cotia, e após novo tratamento, voltará para as torneiras das casas da Região Metropolitana da capital paulista.

A estimativa do governo é que o empreendimento fique pronto no final de 2015 e gere cerca de três mil litros da chamada água de reuso, por segundo. O valor da obra é orçado em R$ 76,5 milhões.

Mas essa não será a primeira estação capacitada para produzir água de reuso em São Paulo. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), quase todas as estações de tratamento de esgoto da região metropolitana produzem este subproduto do esgoto tratado.

A diferença é que atualmente a água de reuso é destinada apenas para finalidades como regar jardins, auxiliar na limpeza das ruas ou em indústrias têxteis na região do Ipiranga. Será, portanto, a primeira vez que a população irá beber água do esgoto.

O Brasil ainda não possui qualquer legislação ou norma específica que regule o uso de esgoto tratado para consumo humano. Isso pode levar a solução emergencial de Alckmin a ser questionada judicialmente.

Vale lembrar que outras ações paliativas foram adotadas nesse período, sem sucesso. Foi o caso do bombardeio de nuvens para fazer chover sobre os rios que formam o Sistema Cantareira. A medida não deu certo. Até mesmo métodos ocultos, com direito a mutirões de rezas e orações foram convocados. Também fracasso total.

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias.

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