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Foi golpe: Barroso admite que impeachment de Dilma ocorreu por razões políticas

“Ela não foi afastada por crimes de responsabilidade ou corrupção, mas sim por perda de sustentação política. Até porque afastá-la por corrupção depois do que se seguiu seria uma ironia da história”, disse o ministro do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que acumula a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que o impeachment que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, ocorreu por razões unicamente políticas.

“Creio que não deve haver dúvida razoável de que ela não foi afastada por crimes de responsabilidade ou corrupção, mas sim por perda de sustentação política. Até porque afastá-la por corrupção depois do que se seguiu seria uma ironia da história”, destacou Barroso.

A declaração foi dada durante o Simpósio Interdisciplinar sobre o Sistema Político Brasileiro. Na oportunidade, Barroso defendeu que o país adote um sistema semipresidencialista, a partir de 2026. As informações são da Carta Capital.

Conforme o ministro do STF, no sistema semipresidencialista o presidente conduziria as relações internacionais, nomearia os embaixadores, seria o comandante das Forças Armadas, indicaria os ministros de tribunais superiores e apontaria o primeiro-ministro.

“Porém, este primeiro-ministro depende de aprovação pelo Congresso Nacional. E será o primeiro-ministro quem desempenhará o papel de chefe de governo e conduzirá o varejo político da vida de um país”, relatou.

Alvo de ataques

Em meio ao mar de lama da corrupção em que Jair Bolsonaro (Sem partido) está imerso, as milícias virtuais que atuam sob coordenação do gabinete do ódio criaram mais uma teoria da conspiração que envolve uma suposta “bissexualidade” de Barroso, o médium João de Deus, preso por estupro, e o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu.

Em tuite na noite de domingo (4) – que muitos atribuem a Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) – o presidente da República embasa a teoria da conspiração, que domina o debate nas redes bolsonaristas.

A tese nasceu de um texto atribuído a “João Macedo Costa – Jornalista Político”, que não tem referência nenhuma nas redes sociais. Na narrativa, com erros crassos de português, Barroso teria um “apartamento de luxo” em Miami, custeado pelo médium João de Deus, onde viveria “sua vida miserável de bissexual”.

Fonte: Revista Forum

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