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PT Sobradinho protesta com carreata e faixaço contra onda de feminicídios na cidade

O PT Sobradinho realizou uma carreata e um faixaço para denunciar crimes contra mulheres na cidade, nesse sábado (26). Com palavras de protesto como ‘Basta de Feminicídio’ e paradas em pontos estratégicos da cidade, cruzes para representar as vítimas do feminicídio, além de falas em carro de som para alertar a sociedade sobre a realidade dos assassinatos de mulheres, elas também preparam um documento para exigir ações mais efetivas do poder público sobre o crescente número de assassinatos de mulheres. Em Sobradinho aconteceram três feminicídios somente no mês de junho.

Gizely Porto, presidenta do PT Sobradinho, diz que a Zonal já discutia e avaliava promover alguma atividade para denunciar o alto número de feminicídios no DF e no Brasil. Com as últimas ocorrências na cidade, a decisão de realizar um protesto em apoio às vítimas e suas famílias foi definido: “Os últimos dias foram marcados por três feminicídios, que comoveram e indignaram a nossa comunidade, de forma geral. Organizamos um encontro, de diversas lideranças políticas e de coletivos em defesa das mulheres, na terça passada (22). A partir disso, realizamos a atividade de hoje, com carreata, faixaço, cruzes e carro de som.”

A presidenta destaca que um coletivo de mulheres está preparando um manifesto para entregar aos poderes públicos, exigindo ações de combate ao feminicídio: “Também estamos reunindo um grupo de voluntárias, de diversas lideranças, para construir um documento exigindo medidas mais enérgicas e ações públicas administrativas e judiciais, para prevenção desse tipo de crime e de qualquer violência contra as mulheres. A entrega aos poderes públicos também será realizada com manifesto”, avisa.

Veja as fotos:

Feminicídios em Sobradinho

Três crimes contra mulheres chocaram a cidade esse mês. O primeiro caso ocorreu no dia 8 de junho. Um homem de 28 anos foi preso em flagrante, por matar a esposa a facada em Sobradinho II. A Polícia Militar foi chamada por uma vizinha do casal, que escutou barulhos. Quando os militares chegaram ao endereço, socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já atendiam Fernanda Landim de Almeida, de 30 anos. A vítima morreu no local.

O segundo caso ocorreu na manhã de quinta-feira (17), quando a psicóloga Melissa Mazzarello de Carvalho Santos Gomes, de 41 anos, foi encontrada morta com marcas de esganadura, dentro da própria casa. O suspeito, Leandro de Barros Soares, de 41 anos, era marido da vítima e confessou o crime após se entregar à polícia

O outro feminicídio ocorreu na noite de domingo (20). Thais da Silva Campos, de 27 anos, foi morta a tiros na porta de casa. O ex-companheiro dela, Osmar, foi filmado disparando contra a vítima e fugindo do local. Ele foi preso na segunda-feira (22).

Violência contra as mulheres no DF

Apenas nos primeiros cinco meses deste ano, o Distrito Federal registrou 11 casos de feminicídio. Em igual período do ano passado, foram contabilizados seis registros da mesma natureza criminal, ou seja, houve aumento de 83% nos casos.

Dados do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), mostram que, em média, 39 medidas protetivas foram concedidas por dia na capital, neste ano. Nos primeiros cinco meses de 2021, foram 5.901. Em comparação com o ano passado, houve redução de 7%.

Como denunciar

Em meio à pandemia ao novo coronavírus, a Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24 horas. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

  • Telefone 197
  • Telefone 190
  • E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
  • Whatsapp: (61) 98626-1197

Delegacias – que são consideradas serviço essencial – continuam funcionando normalmente. Trinta delas atendem em regime de plantão ininterrupto de 24h.

O DF tem duas Delegacias Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva à Justiça.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

  • Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)
    Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília
    Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212
  • Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)
    Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro
    Telefone: (61) 3207-7391
  • Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
    Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT
    Telefones: (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625
  • Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
    Contato: 3190-5291
  • Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal
    Contato: 180

PT DF com informações do G1

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