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Governo Bolsonaro espanta investidores e Brasil despenca em ranking

O governo negacionista e de extrema direita fundamentalista de Jair Bolsonaro começa a obter resultados concretos: no último ano o país registrou uma contração de 62% na atração de investimentos.

De acordo com dados da ONU divulgados nesta segunda-feira (21), isso se deu por conta das incertezas sobre os destinos políticos e econômicos do país e da incapacidade do governo Bolsonaro em conter a pandemia.PUBLICIDADE

Segundo a entidade, em 2019 o Brasil era a 6ª economia no Ranking da ONU. Hoje, o país é a 11ª e perdeu a liderança na América Latina para o México.

Hoje, o nível de investimento no Brasil é o mesmo que o país registrou há 20 anos. Ou seja, sob o governo Bolsonaro o país retrocedeu duas décadas em termos de investimentos.

E a perspectiva para 2021 e 2022 não é boa: segundo a ONU, a incerteza política e o negacionismo do governo Bolsonaro podem fazer com que o Brasil afaste ainda mais os investidores do país, aprofundando assim a crise econômica.

Os dados da ONU revelam que o Brasil recebeu US$ 24,8 bilhões em investimento diretos em 2020, contra US$ 65 bilhões em 2019.

Dessa maneira, o Brasil perdeu espaço para a Suécia, Alemanha, Índia e Luxemburgo.

Em nível global, o Brasil também destoa do resto do mundo em perda de investimento. A queda, em nível mundial, de investimento foi de 35%. Nos países ricos, a contação chegou a 58%. Ainda assim, a perda global foi menor do que a do Brasil.

Entre os emergentes, o país também foi o que mais perdeu: a Ásia foi a região que mais rápido se recuperou das perdas econômicas causadas pela pandemia: hoje representa 50% de todo o destino dos investimentos.

Por ser o maior país da América Latina, o isolacionismo praticado por Bolsonaro acabou por afetar economicamente toda a região: a América Latina registrou uma contração de 45% no fluxo de investimentos.

O estudo da ONU prevê um 2021 ainda estagnado para a região e apenas 2023 como horizonte para recuperar os níveis de investimento pré-pandemia.

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