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Estudo critica modelo tradicional de negócios e analisa redes de economia familiar e solidária

Livro Trabalho, tecnologia e solidariedade, de Claiton Mello, será lançado nesta quinta-feira

Brasília, 17/05 — No Brasil, as desigualdades que ainda marcam o povo brasileiro só vão diminuir substancialmente quando os estudos sobre a economia real — que envolve 166 milhões de pessoas, quase dois terços da população em idade ativa — se tornarem paradigmas de políticas públicas. São trabalhos muitas vezes dedicados a redes de economia familiar, comunitária, social e solidária.

Em Trabalho, tecnologia e solidariedade: Agricultores familiares do Semiárido brasileiro que superam o modelo tradicional de negócio, o jornalista e pesquisador em Desenvolvimento Sustentável Claiton Mello demonstra que a gestão social nessas redes difere da visão gerencial das empresas com fins lucrativos e defende que as políticas de fomento devem proteger e estimular justamente essa gestão social. 

O livro será lançado nesta quinta-feira, 17, no Restaurante Ki-Filé, às 19h30, com apresentação musical do Trio Uirapuru. 

Claiton Mello afirma que a pesquisa busca estudar a participação dos agricultores familiares nas estruturas de produção de cooperativas de criação de mel e caju do Piauí. “Além de realizar uma análise da economia solidária, eu destaco a importância dos conhecimentos e das habilidades dos próprios agricultores, que buscam maneiras de solucionar problemas e desenvolver, eles mesmos, tecnologias e estratégias de produção”, informa. 

Claiton faz, no livro, uma reivindicação de mais políticas públicas para o setor. “Parte da pesquisa foi realizada a partir de experiências que se deram entre 2005 e 2010, época em que diversas instituições, como BNDES e Banco do Brasil, atuavam conjuntamente para reduzir a pobreza no país”, justifica. 

Para o secretário de Cultura do PT, Kleitton Moraes, é importante destacar que o trabalho possui base científica e vai orientar projetos e ações em Economia Solidária. “Precisamos ir além da prática e criar bases teóricas que orientem essas redes de economia familiar e solidária, pois elas não podem se preocupar apenas com o lucro, mas também com o desenvolvimento social e o combate à pobreza”, defende.     

O economista e professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Ladislau Dowbor, comenta, na quarta capa do livro,  que o estudo constitui uma excelente ferramenta para quem trabalha com desenvolvimento local e com a organização econômica e social do território. “Ou seja,  com a mobilização do que Milton Santos chamava de ‘circuito inferior’ da economia”, explica. 

 

Autor

Claiton Mello é jornalista e mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília. Atuou como gestor de inúmeros projetos nas áreas de comunicação, geração de renda e mobilização social na Fundação Banco do Brasil, foi também diretor na área de inclusão digital do Ministério das Comunicações e assessor da Secretaria de Governo da Presidência da República. Atualmente trabalha como professor voluntário na área de ciências humanas e participa da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), vinculado à Universidade de Brasília, na Faculdade de Planaltina.

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