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8 de Março no DF: milhares de mulheres contra o governo Bolsonaro e pelo fim das violências

Cerca de 7 mil mulheres do campo e da cidade – resistentes em periferias, terreiros, movimentos sociais, sindicais e culturais, na luta feminista e em partidos políticos -, deram o seu recado ao governo Bolsonaro, neste domingo, marcando a passagem do histórico Dia Internacional da Mulher.

Concentradas no Pavilhão do Parque da Cidade, com danças, bandas e cortejos, as manifestantes protestaram contra os ataques aos direitos socais, o retrocesso, as privatizações e a falta de políticas de proteção e segurança para todas as mulheres.

A secretária de Mulheres do PT DF, Andreza Xavier, a deputada distrital Arlete Sampaio e a secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Karoline, no Ato 8 de Março no DF: mulheres em luta!

Com palavras de ordens diversas, tais como “Silenciadas Nunca Mais”, “Nenhuma a Menos”, “Mulheres contra Bolsonaro” e “Mulheres Sem Terra Semeando Resistência”, as manifestantes seguiram para o Palácio do Buriti, e marcaram o 8 de Março cobrando do governo distrital medidas que ponham fim à violência de gênero no DF; unidade da federal que ocupa o 5º lugar em casos de feminicídios no País. Só este ano, já foram assinadas seis mulheres, perfazendo 40 feminicídios, entre 2019 e os primeiros meses de 2020.

As mulheres do campo, que participam do I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, que se realiza em Brasília, gritaram alto pelo direito aos seus corpos e territórios livres, por alimentos sem agrotóxicos, pela agroecologia, por desenvolvimento sustentável, pelo fim da violência no campo e pela reforma agrária.

A Marcha pela vida de todas as mulheres, contra o racismo, o machismo e o fascismo, seguiu para a frente do Palácio do Buriti, sede do governo do DF, onde realizaram intervenções político-culturais.

Em seguida, as mulheres se concentraram na Torre de TV e exibiram várias expressões culturais, mostrando a diversidade social e cultural do DF e Entorno: capoeira, ciranda, dança de roda, coco e terreiro, além de arte pop e poesia.

Partidos de esquerda – PT, PC do B, PCO, Rede e Psol – se pronunciaram na no ato do 8 de Março, em favor da luta das mulheres. A secretária nacional do PT, Anne Karolyne, considerou a marcha “uma mobilização histórica de mulheres, que se unificaram numa convocatória, lutando em favor de nossos direitos e contra esse governo que só persegue as mulheres’’, afirmou.

As deputadas do PT/DF, Erika kokay (federal) e Arlete Sampaio (distrital) reforçaram as lutas e demandas das mulheres pelo fim da violência, por saúde, educação, emprego e trabalho.

A deputada federal do Partido dos Trabalhadores, Erika Kokay, incansável na luta em defesa das mulheres.

As mulheres indígenas foram representadas pela ativista feminista, Sonia Guajajara, que também se pronunciou. Juntamente com outra parceira, ela fez uma intervenção cultural, sobre a cura indígena e cobrou a demarcação dos territórios indígenas e o fim da violência contra os povos originários.

Centrais sindicais do campo e da cidade também se uniram às mulheres no 08 de Março. Representando a CONTAG, falou Mazé Moraes e a CUT foi representada por Carmen Foro. As duas reafirmaram resistências e lutas contra a opressão das mulheres e aos ataques à classe trabalhadora.

Integrante do 8M Unificadas, a secretária de mulheres do PT/DF, Andreza Xavier, contribuiu com a coordenação da marcha e comandou o festival cultural. Há cerca de dois meses, algo próximo de 200 ativistas culturais políticas e feministas, vinham organizando o ato unificado das mulheres, para este 8 de Março – Dia Internacional da Mulher.

Fonte: Comunicadoras da Secretaria de Mulheres do PT DF
Fotos: Valcir Araujo, Edneide Arruda, Cláudia Farinha, Dani Brígida e Thamy Frisselli

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