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Brasil fica fora de declaração conjunta com mais de 50 países pelo Dia Internacional da Mulher na ONU

Documento pede pela proteção dos direitos das mulheres e por avanços em ações de igualdade de gênero. Carta foi assinada por 53 países, entre eles EUA, Israel e Argentina.

Brasil ficou de fora de uma declaração conjunta feita por mais de 50 países para marcar o Dia Internacional da Mulher no Conselho de Direitos Humanos da ONU. O texto pede pela proteção dos direitos das mulheres e por avanços em ações de igualdade de gênero.

O documento foi apresentado durante uma reunião, nesta segunda-feira (8), por autoridades do México em Genebra. Ele foi assinado por 53 estados membros das Nações Unidas, entre eles Estados UnidosIsrael e Argentina (veja a lista completa abaixo).

“Existe uma necessidade urgente de se acelerar a promoção e a proteção dos direitos das mulheres e meninas”, diz a declaração conjunta. “O conselho deve ser um espaço em que todas as vozes feministas possam mobilizar ações e políticas para atingir, de forma definitiva, a igualdade de gênero.”

O texto afirma que a crise provocada pela pandemia do coronavírus deve se tornar uma oportunidade para resolver “desigualdades históricas e estruturais” e pede a garantia de que mulheres participem ativamente, e em papeis de liderança, na tomada de decisões.

“A única resposta efetiva à pandemia é aquela que tem uma perspectiva de gênero e que visa uma recuperação baseada nesse pensamento”, declaram os países.

Um porta-voz da ONU disse por e-mail que o Brasil tem o direito de escolher se quer ou não participar deste tipo de ação e que esta é “uma prerrogativa de cada estado”.

O Ministério das Relações Exteriores disse em um comunicado que o governo brasileiro não participou da declaração por conta de “elementos ambíguos no texto proposto”.

“O governo brasileiro salienta a importância do reconhecimento, na declaração, de pautas salutares em defesa da mulher, […] como o reconhecimento do trabalho não remunerado e a necessidade de se combater a violência contra a mulher, em especial no período pandêmico. Entretanto, não apoia referências a termos e expressões ambíguas, tais como direitos sexuais e reprodutivos”, disse o Itamaraty em nota.

O texto apresentado ao conselho, que foi assinado por 53 países, diz que mulheres e meninas enfrentaram um retrocesso nos direitos humanos e nos direitos sobre a saúde sexual e reprodutiva durante a pandemia.

“No meio dessa crise, os serviços de saúde sexual e reprodutiva continuam sendo essenciais e devem fazer parte dos planos nacionais para lidar com a pandemia da Covid-19”, diz o documento.

Veja a lista de países que assinaram a declaração

  • Estados Unidos
  • Israel
  • Argentina
  • Uruguai
  • Chile
  • Reino Unido
  • Portugal
  • Canadá
  • Alemanha
  • Finlândia
  • França
  • Austrália
  • Albânia
  • Armênia
  • Áustria
  • Bélgica
  • Botswana
  • Bulgária
  • Costa Rica
  • Chipre
  • República Tcheca
  • Dinamarca
  • Equador
  • Estônia
  • Fiji
  • Geórgia
  • Grécia
  • Islândia
  • Irlanda
  • Itália
  • Japão
  • Cazaquistão
  • Letônia
  • Liechtenstein
  • Lituânia
  • Luxemburgo
  • Malásia
  • México
  • Mônaco
  • Montenegro
  • Holanda
  • Nova Zelândia
  • Macedônia do Norte
  • Noruega
  • Palestina
  • Panamá
  • Peru
  • Romênia
  • Eslovênia
  • Espanha
  • Suécia
  • Suíça
  • Tailândia

    G1

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