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Greve de fome por liberdade de Lula completa uma semana

O Brasil caminha rumo a um momento decisivo que pode mudar a realidade do povo brasileiro: as eleições de 2018. Porém, Lula, o candidato escolhido pelo povo, segue injustamente encarcerado. Diante disso, um grupo de militantes da Via Campesina e de movimentos urbanos iniciou uma greve de fome que, nesta segunda (06), completa uma semana.

Os grevistas Zonália Santos, Jaime Amorim e Vilmar Pacífico (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST), Rafaela Alves e Frei Sérgio Görgen (do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA) e Luiz Gonzaga, o Gegê (da Central dos Movimentos Populares – CMP) seguem sem ingerir qualquer tipo de alimento, apenas água e soro. No inicio desta semana, o militante do Levante Popular da Juventude, Leonardo Armando, engrossou o movimento.

Os grevistas têm recebido acompanhamento médico e, a cada dia, um novo boletim sobre o estado de saúde do grupo é emitido. Conforme a última avaliação médica do Dr. Ronald Wolff, que acompanha de perto os grevistas, observa-se um pouco mais de cansaço, fadiga e aumento das dores musculares, porém, o espírito de luta continua determinado.

Outro fator agravante foi a considerável perda de peso dos militantes. “Do primeiro ao sexto dia, os manifestantes perderam de 2,1 kg a 5,6 kg de peso. A respiração está bem, mas é afeada pela baixa umidade do ar. Já o aceleramento dos batimentos cardíacos, são revertidos tranquilamente com a ingestão de líquido”, afirma Dr. Ronald Wolff.

Os grevistas também estão sendo acompanhados por um grupo de psicólogos de Brasília. Com o avanço da greve e o aparecimento de debilidades nos grevistas, se intensificaram as visitas de autoridades ao espaço de repouso dos militantes, no Centro Cultural de Brasília (CCB). Durante o último final de semana, a candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, e o ex-ministro da Secretaria da Presidência nos governos Lula e Dilma, Gilberto Carvalho, passaram pelo local e deixaram mensagens apoio.

Nesta segunda, às 16h, os militantes recebem a visita da Caravana Semiárido contra a Fome, que percorre o país dialogando com a população sobre os perigos do retorno do Brasil ao Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas).

Por Lula e pelo povo

Em manifesto protocolado no Superior Tribunal Federal (STF) no primeiro dia de greve (31/07), os grevistas denunciam a volta da fome, o aumento da violência, particularmente contra jovens, mulheres, negros e LGBT; a situação dos doentes com os ataques à saúde. Foram denunciados também a falta de perspectiva da juventude frente à desvalorização da educação pública, o considerável aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e gás; além da perda da soberania nacional.

O apelo é dirigido a todos os ministros do STF, mas, em particular, aos ministros Luis Edson Fachin, Cármem Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Alexandre de Moraes, já que eles foram contrários à aprovação do pedido de habeas corpus preventivo da defesa Lula, o que gerou o encarceramento do presidente.

Fonte: CUT
Fotos: CUT

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