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Em ato, petistas defendem a volta do auxílio emergencial e a ampliação do Bolsa Família

A Frente Parlamentar Mista da Renda Básica realizou um ato, nesta quarta-feira (10), na Câmara dos Deputados, em defesa da prorrogação do auxílio emergencial e ampliação do Bolsa Família. Os parlamentares da Bancada do PT  Paulo Teixeira (SP), Bohn Gass (RS), Zé Neto (BA), Erika Kokay (DF) e o líder do PT, Enio Verri (PR), participaram da atividade.

Para o secretário-geral da frente, deputado Paulo Teixeira, a renovação do auxílio é fundamental pois a pandemia ainda não acabou. Muito pelo contrário, ficou mais intensa, como por exemplo, em Manaus onde não há mais leitos e pessoas morreram asfixiadas. “Como a pandemia não terminou nós temos que continuar pedindo ao povo brasileiro cuidado. E o isolamento é fundamental, e para que isso aconteça, tem que ter o auxílio emergencial. Vinte milhões de famílias vão para extrema pobreza e para a miséria caso não se renove o auxílio emergencial. Nós temos que renovar o auxílio emergencial no valor de R$ 600”.

O parlamentar disse ainda que R$ 200 não dá para pagar um aluguel e muito menos que uma família sobreviva o mês todo apenas com esse valor. “Eu estava hoje de manhã calculando o que pode se pagar com R$ 200. Quem vive de aluguel não tem como pagar o aluguel com R$ 200, vai ser despejado, vai ter que morar na rua. Que cuidado é esse que se permite que uma pessoa vá morar na rua? Mas vamos supor que ela tem uma casa e tenha que viver com R$ 200. O botijão de gás está em torno de R$ 85 a R$ 90 e o quilo da carne está por volta de R$ 30, uma carne mais popular, digamos assim. Dois quilos de carne mais um botijão de gás já da R$ 150, só que uma família não come dois quilos de carne por mês, come muito mais, e precisa comer arroz, feijão, salada, tem um café da manhã. Então, R$ 200 não dá para uma família viver! É uma crueldade que essa renovação seja feita somente no valor de R$ 200. Nós exigimos a renovação no valor de R$ 600”, reforçou Paulo Teixeira.

O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Enio Verri, defende a retomada do auxílio e a aprovação do “Mais Bolsa Família”. “O quadro social, político e econômico que vivemos hoje impõe a retomada do auxílio emergencial de R$ 600 para garantir vida e cidadania. Nós precisamos aprovar aqui na Câmera o ‘Mais Bolsa Família’, esse sim, tem base científica e irá garantir a inclusão social de milhões de brasileiros enquanto não acham uma alternativa para que eles possam entrar no processo produtivo novamente”. Verri ainda aproveitou para parabenizar a todos que compõem a frente parlamentar.

O deputado Zé Neto deixa claro que o auxílio emergencial não é gasto e nem fundo perdido, mas sim, um investimento nas pessoas, na economia e no dia a dia do Brasil. “É a forma mais rápida de ajudar, junto com a vacina, a tirar o Brasil desse momento de tanta dificuldade. Portanto, estender o auxílio emergencial e manter o mesmo valor é primordial para que possamos com isso garantir que a nossa gente tenha condição de enfrentar essa pandemia com mais proeza, com mais garantia e com mais justiça”.

“A renda emergencial para o povo significa qualidade de vida, significa alimento, dignidade para as famílias, inclusão social e ao mesmo tempo renda para que o comércio possa vender. Se o comércio vende a indústria produz e gera emprego. A Câmara precisa aprovar a renda emergencial e a continuidade dos R$ 600”, afirmou o deputado Bohn Gass. Ele ainda destacou que o PT apresentou um projeto para que o valor fosse de um salário mínimo e uma renda emergencial permanente.

Prioridades

A deputada Erika Kokay criticou a decisão de colocar como prioridade a votação da autonomia do Banco Central ao invés de estar discutindo ações referentes à pandemia da Covid-19. “Nós estamos aqui para dizer que a prioridade é a vida e cada dia está mais clara a intenção da construção de um projeto de forma deliberada traçada com os fios da própria crueldade para estabelecer a morte.É um governo que ‘dança’ com a morte”, denunciou. E completou dizendo que a prioridade é a vida. “Estamos aqui para dizer que é preciso que nós tenhamos o auxílio emergencial, vacina para todos e todas, para que nós possamos ter a oportunidade de dançar com a vida, nós queremos nos nossos rostos os risos que eles nos tiraram”.

Manifesto

Durante o evento, também foi lançado o “Manifesto em Defesa do Auxílio Emergencial e de um programa de Renda Mínima que garanta a dignidade para todos”. O documento é assinado por 214 parlamentares de 23 partidos em conjunto com conselheiros, prefeitos e governadores.

“É urgente aprovarmos a prorrogação do auxílio emergencial e expandirmos o Bolsa Família, adaptando-o à situação econômica crítica em que nos encontramos e construindo um programa robusto de transferência de renda que não deixe a população brasileira à própria sorte”, diz um trecho do texto.

De acordo com a Pnad Continua e a Pnad Covid-19, com o fim do auxílio emergencial, 12,8% dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 246 por mês, ou seja, são quase 27 milhões de pessoas em situação de pobreza.

“Pedimos a prorrogação do auxílio emergencial e, em seguida, a aprovação de um projeto robusto de renda mínima ou ampliação do Bolsa Família, que permita que o Brasil saia da pandemia preparado para almejar a proteção social necessária no século XXI, com uma necessidade de crescente cobertura”, diz o manifesto.

Matéria publicada originalmente no PT na Câmara

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