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Oposição obstrui pauta de votações da Câmara para garantir o auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia

Deu certo a estratégia da oposição de obstruir os trabalhos do Plenário da Câmara Federal para forçar o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), a pautar a Medida Provisória (MP 1000/20), de iniciativa do governo de Jair Bolsonaro, que reduziu o auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300. O auxílio beneficia 42 milhões de brasileiros e brasileiras. 

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) disse que essa é a principal preocupação do Partido dos Trabalhadores e da oposição neste momento em que o Brasil enfrenta uma grave crise econômica e sanitária. 

“Esse é um govenro que diz que precisa olhar os pobres, mas reduz o auxílio emergencial para R$ 300. Isso vai reduzir a renda da população mais pobre em mais 20%, uma população que está sofrendo com o desemprego em massa e com os impactos da inflação que atinge os alimentos. Por isso, neste momento, nós estamos aqui para dizer: votemos imediatamente a Medida Provisória 1000. Nós não aceitamos os R$ 300 e queremos os R$ 600 para este país até o fim da pandemia”, afirmou a parlamentar. 

A deputada disse que a estratégia da oposição foi vitoriosa e que o governo de Jair Bolsonaro saiu derrotado na sessão plenária de terça-feira (6/10). “A oposição e vários partidos da base do governo anunciaram a obstrução. O governo Bolsonaro quer deixar a MP caducar para manter o auxílio em R$ 300. Nós queremos que a matéria seja pautada e votada para que os parlamentares possam colocar a sua digital a favor ou contra o auxílio emergencial de R$ 600”, acrescentou Kokay. 

A deputada explicou, ainda, que a MP 1000 não apenas reduziu o valor, mas mudou as regras para o recebimento do benefício. 

“Desde a edição da MP 1000, em setembro, o governo reduziu o valor e dividiu os beneficiários em grupos que vão receber 4 parcelas, 3 parcelas, 2 parcelas e apenas 1 parcela”, explicou. “Dos 42 milhões que estavam recebendo o auxílio de R$ 600, apenas 27 milhões receberão as parcelas. Ou seja, 15 milhões de brasileiros e brasileiras ficarão jogados à própria sorte. Não podemos permitir tamanha crueldade”, completou a parlamentar.

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