Ações Parlamentares

Petistas fazem apelo para que Rodrigo Maia coloque em apreciação os pedidos de impeachment de Bolsonaro

Parlamentares da Bancada do PT usaram os pronunciamentos na sessão virtual da Câmara, nesta quarta-feira (24), para pedir que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), coloque em apreciação os pedidos de impeachment do presidente Bolsonaro. O deputado Valmir Assunção (PT-BA) lembrou que Bolsonaro é fruto do ódio, da raiva, da arrogância, do fascismo e do racismo. “Bolsonaro é tudo isso. Ele já cometeu vários crimes de irresponsabilidade neste País. E há diversos pedidos de impeachment. Nós não podemos, de forma nenhuma, cruzar os braços ou achar que isso é algo menor”, argumentou.

Valmir Assunção falou ainda da pandemia e se solidarizou com aqueles que perderam um ente querido neste momento. “Ao mesmo tempo, quero chamar a atenção do Congresso Nacional: nós não teremos uma saída que permita gerar emprego, trabalho e desenvolvimento, com o Bolsonaro governando. Impeachment já! Fora, Bolsonaro!”, defendeu.

Na mesma linha, a deputada Erika Kokay (PT-DF) reforçou que o governo Bolsonaro se construiu com o palanque do ódio, transformando inclusive, como método de governo, esse próprio ódio. “Ele tem uma profunda insensibilidade, uma ausência de empatia, que caracteriza inclusive tanto os psicopatas, quanto os fascistas. É uma ausência de empatia com o povo brasileiro, ele não se sensibiliza com a dor”, lamentou. Ela acrescentou que o País não suporta mais esse descompromisso com a vida, não suporta a falta de investimentos na saúde para enfrentar a pandemia. “Governo Bolsonaro não tem compromisso com o povo brasileiro. Por isso, é preciso, sim, o impeachment de Bolsonaro”, conclui.

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) também enfatizou que o País inteiro já chegou à conclusão da insanidade e da incapacidade do presidente Bolsonaro para fazer o enfrentamento ao coronavírus. “Ele é o principal responsável pelas mais de 50 mil vítimas e, provavelmente, nós chegaremos a mais de 140 mil vítimas até o final dessa pandemia”, afirmou. Tatto avaliou que a quarentena no Brasil vai ser mais prolongada e, consequentemente, a crise econômica vai se aprofundar mais ainda, “diferentemente de outros países, que têm chefes de Estado responsáveis e não insanos, como Bolsonaro”, comparou.

Além da falta de compromisso com o combate à pandemia, Nilto Tatto listou outros problemas graves do governo Bolsonaro como a grilagem de terras públicas e o desmatamento na Amazônia, inclusive em terras indígenas. Citou que o Plano Safra deste ano só atende o agronegócio para exportação e abandona a agricultura familiar. “Além disso, o governo bate recorde de liberação de veneno na agricultura. Isso mostra claramente o tamanho do fosso que o governo Bolsonaro vem colocando o País e o povo brasileiro”, lamentou o deputado, ao pedir a votação do pedido de impeachment de Bolsonaro. “São mais de 40 pedidos. É fundamental enfrentarmos esse debate, mesmo durante a conjuntura da pandemia”, reforçou.

Um grande desafio

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) reconhece que é um grande desafio para a Câmara apreciar os pedidos de impeachment de Bolsonaro. “É um grande desafio, mas estou muito convicto de que nós precisamos enfrentar o Bolsonaro e o bolsonarismo. O Bolsonaro está cada dia menor. A sociedade brasileira não acredita no seu projeto, e cada dia ele perde popularidade”, avaliou. Para o deputado, o bolsonarismo é uma cultura que já terá lugar na história. “Ele entrará para a lata do lixo porque defende o machismo, o racismo, a homofobia. De fato, o Brasil tem de ficar livre do bolsonarismo”, afirmou.

Reginaldo Lopes argumentou ainda que o governo Bolsonaro é um “governo genocida”, que precisa será interrompido. “Bolsonaro foi incompetente no front do enfrentamento à pandemia. São mais de 50 mil vidas perdidas. Quando nós falamos de vida, estamos falando na responsabilidade do presidente da República, que não se comportou, não planejou o País, tratou a pandemia como uma gripezinha. Portanto, ele é o responsável pela perda de vidas do povo brasileiro. Por isso, fora, Bolsonaro!”, defendeu.

O deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) também observou que há uma incompetência gigantesca nas mais diferentes áreas em que o presidente do País atua, “porque é um governo que não consegue resolver os problemas”. O parlamentar lembrou que foi o próprio Bolsonaro que disse, logo que assumiu o governo, que não nasceu para ser presidente. “Infelizmente, o nosso povo mais pobre está sofrendo, e o País está sendo destruído, de ponta a ponta, nas mais diferentes áreas. Este é um governo sujo, de milicianos, que estão nas suas entranhas, defendendo, acobertando, escondendo pessoas investigadas. O laço familiar com a milícia fica cada vez mais claro. Só não vê isso quem não quer. Só não vê isso quem tem acordo e quem permite que nós possamos ter um governo de tamanha crueldade, desumanidade à frente do nosso País”, lamentou.

O deputado Assis Carvalho (PT-PI) afirmou que o Brasil e o mundo estão perplexos diante do índice de corrupção que ocupou o Poder Central do nosso País. “Nós morremos de vergonha quando olhamos as manchetes com esse miliciano estimulando o crime. Por isso, eu espero que o nosso Parlamento se manifeste o mais rápido possível e afaste este monstro, porque ou o tiramos ou ele vai acabar, cada vez mais, com o povo brasileiro. Ele tem um carinho pela morte que é fora do comum”, criticou.

Solidariedade

O deputado Vicentinho (PT-SP) fez uma homenagem a várias categorias que neste momento são obrigadas a trabalhar. Entre elas, os agentes comunitários de saúde, as enfermeiras, os enfermeiros e os médicos. “Quero também manifestar a minha solidariedade às famílias desses mais de 52 mil seres humanos que perderam a vida. A dor é grande! Não é possível que continuemos nessa situação provocada hoje pelo governo Bolsonaro. Viva a vida! Fora, Bolsonaro!”, bradou.

Vânia Rodrigues do PT na Câmara

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