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Dia da África: “É preciso lembrar que somos herdeiros desse povo de luta e resistência”, afirma secretário de Combate ao Racismo do PT-DF, Daniel Kibuko

Celebrada em 25 de maio, data lembra luta africana contra colonização europeia

O Dia da África, celebrado neste 25 de maio, tem uma grande representatividade para nós brasileiros. Não só pela maioria da população brasileira ser formada por negros e negras, mas pela representatividade que este dia tem na classe trabalhadora.

O 25 de maio foi instituído como uma data de luta contra a colonização europeia. Desde a criação da Organização de Unidade Africana em 1972, atual União Africana, este dia representa a busca de vários povos do continente por desenvolvimento, democracia e liberdade. No Brasil, o Dia de África representa a promoção do reconhecimento da importância da interseção da história e da cultura africana com a história brasileira.

Para o secretário de Combate ao Racismo do PT-DF, Daniel Kibuko, este é um dia importante para todos os brasileiros e brasileiras e para a classe trabalhadora como um todo, pois vivemos sob a cultura do racismo – que é um dos pilares estruturais da nossa sociedade.

“No Brasil, o racismo é a regra e veio desde o tráfico de escravos no Transatlântico, que trouxe uma imensa quantidade de negros e negras para o Brasil à força, oriundos de diveras matrizes. Apesar de todos negros, houve, paradoxalmente, uma despessoalização dessas pessoas, ou seja, o crime da escravidão é muito além do que o sequestro, a tortura, o assassinato ou trabalhos forçados, ele também passa por uma dimensão simbólica que é desumanizar pessoas. E essa escravidão não acabou com a abolição, que foi uma grande farsa, ela se perpetuou. Esse dia é muito importante para a gente reconhecer aqui no Brasil que nós, população negra, somos herdeiros desses povos africanos, que são povos diversos, que são povos que têm culturas, civilizações, epistemologias próprias e diversas”, reforçou.

Para o Secretário-Geral da Comissão Executiva do PT-DF, Geovanny Silva, o Dia da África também reforça a busca pela luta contra o racismo e pela equidade entre negros e não-negros em uma sociedade que perpetua, ainda, traços coloniais.

“É uma data extremamente importante para lembrarmos das nossas raízes , lembrar do nosso povo de luta, de muita resistência do qual somos descendentes. Hoje várias dessas lutas, infelizmente, ainda são necessárias. A luta contra o racismo deve ser enfrentada no cotidiano, nao só pelos negros, mas pelos não-negros para que a gente possa não ver mais cenas lamentáveis como no futebol, o do caso Vini Jr, e que, infelizmente, não ocorre só no futebol , mas em geral. Isso mostra que, mesmo depois de mais de 135 anos da abolição da escravatura, a escravidão e o racismo ainda são processos inacabados e, que são necessarias muitas políticas publicas, um processo de ações e politícas afirmativas para que a gente alcance uma equidade entre todos”, completou.

A luta ainda é grande, mas o Governo Lula está com o povo e atua, insistentemente e necessariamente, na construção de políticas afirmativas, por meio do Ministério da Igualdade Racial, no letramento racial e no combate ao racismo.

É preciso lembrar que a classe trabalhadora está firme e na resistência em favor dos negros e negras do nosso país na retomada do processo democrático do País.

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