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Os fatos derrubam as “certezas” de Bolsonaro

Por Mauro Pinheiro*

Enquanto Bolsonaro ia ao comércio do Sudoeste sem máscara e rodeado de pessoas querendo provar a sua tese de que coronavírus não oferece perigo, a médica Lúcia de Fátima Dantas de Abrantes, de 65 anos de idade, morreu vítima de coronavírus”.

“Ontem, mais uma vez o presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, desrespeitou as orientações do próprio governo dele e foi para a rua numa tentativa de mostrar aos seus eleitores que não há necessidade de maiores cuidados para controlar o coronavírus.

A atitude do presidente vai na contramão de várias recomendações do Ministério da Saúde e do Governo do Distrito Federal (GDF) para tentar evitar a proliferação do novo coronavírus. Entre elas, a de não fazer aglomeração, não colocar as mãos no rosto e não apertar as mãos das pessoas, tudo que ele fez.

Enquanto isso, “a cidade de São Paulo já dá sinais de necessidade de medidas mais drásticas de isolamento social, chamadas de lockdown (bloqueio generalizado da movimentação), para conter a pandemia do novo coronavírus, na avaliação de epidemiologistas, virologistas e infectologistas”(Folha de S. Paulo).

Enquanto isso, uma mulher paulistana de 53 anos que foi medicada com cloroquina morreu na madrugada de quinta-feira (10), quatro dias depois de se tratar com o remédio.

Ela fez exame quando apresentou sintomas de que estava com o novo coronavírus, mas os resultados não ficaram prontos até hoje. Também foi receitado a ela azitromicina e tamiflu. São medicamentos defendidos por Bolsonaro como a salvação contra o coronavírus.

Enquanto Bolsonaro ia ao comércio do Sudoeste sem máscara e rodeado de pessoas querendo provar a sua tese de que coronavírus não oferece perigo, a médica Lúcia de Fátima Dantas de Abrantes, de 65 anos de idade, morreu vítima de coronavírus.

Ela estava internada em uma UTI de Iguatu, no Ceará, e tinha o mesmo pensamento do presidente. Em 16 de março, a médica havia reproduzido no Facebook um meme duvidando da letalidade do coronavírus.
“Existem vírus muito mais potente e que matam muito mais (h1n1 por exemplo) e ninguém está nem aí para eles. Porque será??????”, ela escreveu.

*Mauro Pinheiro é jornalista

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