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Apesar do preconceito de Bolsonaro, médicos cubanos retornam para combater coronavírus

Os médicos cubanos virão trabalhar nos rincões do Brasil por meio do Programa Mais Médicos, implantado por Alexandre Padilha, no governo Dilma

O presidente Bolsonaro deve desculpas à população brasileira e a todas e todos médicos cubanos que foram praticamente expulsos do Brasil sob ataques, mentiras e fake news. Assim reagiu o ex-ministro da saúde do governo Dilma, deputado  Alexandre Padilha (PT-SP), ao anúncio de recontratação dos médicos cubanos para ajudar na pandemia do novo coronavírus (Covid-19), feito pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, em entrevista à Globo News nesse domingo (15).

Os médicos cubanos virão trabalhar nos rincões do Brasil por meio do Programa Mais Médicos, implantado por Padilha, no governo Dilma. Assim que Bolsonaro assumiu o governo em janeiro de 2019 eles foram mandados embora por uma questão puramente ideológica.

Várias parlamentares da Bancada do PT também utilizaram suas redes sociais para comentar sobre a contratação dos médicos cubanos. “Bastou a pandemia do coronavírus chegar ao Brasil e ameaçar de colapsar o sistema público de saúde que tudo aquilo que Bolsonaro sempre criticou do programa Mais Médicos e dos profissionais cubanos trazidos pelo governo de Dilma virasse coisa do passado”, frisou o deputado  Rogério Correia (PT-MG).

E o deputado  Patrus Ananias (PT-MG) frisou que “o passar do tempo é capaz de revelar verdades”. Ele lembrou que as vagas deixadas pelos cubanos não foram preenchidas até hoje e que muita gente ficou sem nenhuma assistência médica com o fim do Programa Mais Médicos. Patrus aproveitou para agradecer aos médicos cubanos que, na sua avaliação já fizeram tanto pelo povo brasileiro. “Bem-vindos de volta”, completou.

O mundo dá voltas e é redondo

Na mesma linha, o deputado  Helder Salomão (PT-ES) enfatizou que o atual governo destruiu o Programa Mais Médicos, “dispensou os médicos estrangeiros, de forma irresponsável, agora reconhece que não tem como enfrentar a pandemia do coronavírus sem os médicos cubanos”. E ainda ironizou: “O mundo dá voltas e é redondo”, em uma alusão aos bolsominions que afirmam que a terra é plana.

A deputada  Professora Rosa Neide (PT-MT) também avaliou que o presidente Bolsonaro deve desculpas para toda população e para os profissionais cubanos. “A pandemia e a ciência arrombaram a porta de um governo ideológico e de um presidente de extrema direita”, reforçou.

O deputado  Henrique Fontana (PT-RS) destacou que após revogar acordo do Mais Médicos, que colocava cubanos atendendo nos rincões do País, “Bolsonaro clama pela volta dos estrangeiros para ajudar no enfrentamento do coronavírus”.

O deputado  José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria, citou o que ele chamou de ironia do destino o governo Bolsonaro ter que apelar para os médicos cubanos excluídos do Mais Médicos para socorrer o Brasil neste momento de pandemia do Covid-19.

Já a deputada  Erika Kokay (PT-DF) ao comentar sobre a contratação dos médicos cubanos para trabalhar na pandemia do novo coronavírus disse que esse momento, não cabem avaliações ideologizadas e terraplanistas. Mas indagou: “E aí, seu Jair, vai continuar dizendo que são guerrilheiros disfarçados?”, provocou.

“Os médicos cubanos voltam para fazer seus trabalhos: cuidar do povo brasileiro, ao contrário do que tem feito Bolsonaro”, comemorou o deputado  Odair Cunha (PT-MG).

Os deputados petistas  Paulo Pimenta (RS) e  Nilto Tatto (SP) também destacaram em suas redes sociais o pedido de socorro aos médicos cubanos para o combate ao Covid-19.

5 mil médicos

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, explicou que mais de 5 mil novos médicos devem atuar na atenção básica de todo País. Ele afirmou ainda que todos os médicos cubanos que estavam trabalhando no programa Mais Médicos e estudantes de medicina serão chamados.

“Esses cinco mil médicos que vão ser chamados, irão para a atenção básica de todo o País. E vamos fazer mais do que isso: nós vamos chamar a partir desta segunda-feira (16), todos os médicos cubanos que estavam trabalhando no programa inicialmente”, afirmou Gabbardo à imprensa.

Por PT na Câmara

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