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Contra falsas promessas de Guedes, economia entra 2020 em desaceleração

Em 2019, os brasileiros sofreram com mais um ano de estagnação do PIB per capita

Apesar das falsas promessas do ministro Paulo Guedes, e da campanha “publicitária” de setores da mídia, a economia brasileira entra em 2020 em desacelaração. A estimativa do PIB (Produto Interno Bruto), ainda por fechar, é de menos de 1% para 2019, ou seja, menor do que esperavam os “chicago boys”. Além dos prejuízos para o desenvolvimento nacional, os brasileiros sofreram com mais um ano de estagnação do PIB per capita.

Os indicadores do mês de dezembro derrubaram o discurso oficial sobre o sucesso das reformas e do ajuste fiscal. Segundo a CNI, 44% da indústria de transformação fechou o ano em recessão. O varejo caiu 0,1% em dezembro contrariando a expectativa de crescimento das vendas de Natal. Também em dezembro, o setor de serviços teve queda de 0,4%. A isso, soma-se o desemprego de 11,6 milhões de trabalhadores e 41,1% da mão-de-obra na informalidade, com salários e consumo menores.

Para o senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do PT no Senado Federal, com o golpe de Estado, em 2016, “pararam o Brasil”. “Vários setores da nossa economia se desmontaram. Várias estatais que tinham um papel e um protagonismo de mobilizar recursos para promover o crescimento econômico e a inclusão foram desmontadas. Um setor inteiro da economia, da construção civil pesada, foi destruído, foi desmontado”, alertou ele em pronunciamento no plenário do Senado Federal. “Nós perdemos quase 15% de mobilização do PIB, do Produto Interno Bruto do nosso País”, lembra.

O quadro negativo evidencia a ineficiência e demagogia de medidas adotadas pelo governo Bolsonaro ao longo do ano. A redução das taxas de juros não estimularam investimentos privados, nem a recuperação da indústria e do emprego. A liberação de recursos do FGTS injetou recursos na economia, mas boa parte foi usada para pagar dívidas. As reformas trabalhista e previdenciária apenas agravaram as condições de vida dos trabalhadores.

Diante disso, já falando em revisão da projeção do PIB para 2020, a solução do governo é pedir que a sociedade renove a crença em suas propostas de arrocho salarial e fiscal. Sem alternativas, a dupla Guedes-Bolsonaro investe contra o povo e Nação com velhas fórmulas e novas ameaças. Entre elas, a extinção dos fundos públicos e a emergência fiscal para ajuste do teto de gastos – com medidas como a redução dos de até 25% dos salários dos servidores públicos, proibição de valorização real do salário mínimo e de expansão do Bolsa Família.

De outro lado, o governo aposta na ilusão do mercado externo, sem resposta diante da economia mundial também em desaceleração. Ou então, em manter a política externa de relações diplomáticas e comerciais de alinhamento aos EUA sem nenhum retorno. Ao contrário, até o momento, todas as medidas adotadas pelo governo serviram apenas ao “American First” de Donald Trump. Sem estimular o mercado interno para gerar emprego e renda, com Bolsonaro o Brasil estará condenado ao papel de colônia.

Fonte: PT Senado

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