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Paulo Guedes chama funcionários públicos de parasitas e gera revolta

“O assédio institucional que vem sendo praticado pelo Sr. Paulo Guedes em relação aos servidores públicos já ultrapassa os limites legais e merece reação à altura”, respondeu em nota a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal

O ministro da Economia, Paulo Guedes, atacou nesta sexta-feira (7) trabalhadores do funcionalismo público brasileiro, chegando a compará-los com “parasitas”.

Em palestra na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE), Guedes falou sobre as reformas administrativas que o governo pretende encampar e se posicionou contra o reajuste anual nos salários dos servidores já que, segundo ele, os trabalhadores já têm o “privilégio” de ter estabilidade e uma “aposentadoria generosa”.
“O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, disparou o ministro.

A declaração do ministro da Economia gerou revolta entre entidades que representam os trabalhadores. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), por exemplo, divulgou uma nota de repúdio à conduta de Guedes. “O assédio institucional que vem sendo praticado pelo Sr. Paulo Guedes em relação aos servidores públicos já ultrapassa os limites legais e merece reação à altura”, escreveu a associação.

Já o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Tipicas de Estado (Fonacate) considera a fala de Guedes um assédio moral contra os servidores públicos e promete acionar a Justiça contra o ministro. “É uma agressão gratuita e desmedida aos 12 milhões de servidores públicos do país. Nós não podemos admitir um nível de insulto tão vil de alguém que deveria zelar pelo funcionalismo público”, diz nota da entidade.

A comparação do ministro também gerou reações nas redes sociais. O ex-ministro Fernando Haddad (PT), por exemplo, ironizou: “De que Guedes chamaria um servidor público que ficou 28 anos sem trabalhar e ainda ‘rachava’ o salário dos funcionários do seu gabinete?

Fonte: Revista Forum

 

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