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Ibaneis desrespeita vontade da comunidade e impõe militarização

“Quem governa sou eu. Os que estiverem insatisfeitos com a gestão compartilhada busquem a Justiça”. Esse foi o posicionamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após duas escolas públicas − por meio da comunidade escolar − rejeitarem a militarização escolar.

No ultimo sábado (17), cinco escolas promoveram votação para decidir sobre a adesão ao modelo, chamado pelo GDF de gestão compartilhada com a Polícia Militar. Três unidades aprovaram a mudança (CEF 1 do Núcleo Bandeirante, CED 1 do Itapoã e CEF 19 de Taguatinga) e duas rejeitaram (CEF 407 de Samambaia e Gisno, na Asa Norte).

Entretanto, Ibaneis, que há tempos vem demonstrando ser um gestor autoritário, afirmou que implementará o modelo nas cincos escolas, inclusive naquelas em que pais, professores, alunos e comunidade local votaram contrários à militarização. Segundo o GDF, o projeto será iniciado em, no máximo, duas semanas. Atualmente, outras cinco escolas estão militarizadas.

Essa é a segunda vez que Ibaneis desrespeita a vontade popular para implementar a militarização no ambiente escolar. No início do ano, quatro unidades foram escolhidas para terem a gestão compartilhada com a PM. Duas unidades dentre as indicadas, também em votação, rejeitaram a medida. Porém, o ato democrático pouco valeu para o governador e todas estão sob gestão militar.

Em nota, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) afirmou que “isso é ditadura”. A entidade, que se opõe ao modelo, destacou ainda que “ao menosprezar a decisão soberana das comunidades dessas escolas, o governador rompe com o pacto civilizatório que sempre norteou as relações entre poder e povo no Brasil, exceto durante a ditadura militar”.

O Sinpro ainda comparou o governo Ibaneis com o governo Bolsonaro, uma vez que ambos seguem desrespeitando a vontade popular. “Imita Bolsonaro em todos os gestos de terrorismo de Estado e implanta no Palácio do Buriti o Estado policial como mecanismo de gestão, opressão, repressão, totalitarismo, etc”, diz trecho da nota.

Por fim, a entidade aponta que só será possível barrar esse processo de militarização escolar com unidade entre “professores(as), orientadores(as), estudantes, técnico-administrativos, pais, mães e estudantes”. “Precisamos recuperar, coletivamente, nossos laços comunitários para enfrentarmos e impedirmos, unidos (as), o desmonte da democracia e da civilização”, finaliza.

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