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Nas ruas, para impedir ataques à educação

Segunda paralisação de estudantes, professores e funcionários está marcada para esta quinta-feira (30) em defesa da educação. Relembre ataques do desgoverno Bolsonaro

Os estudantes, trabalhadores e população em geral já estão nas ruas contra os cortes de recursos e demais ataques à educação. As universidades, em especial, são o alvo central da ofensiva neoliberal-fascista que busca impor o obscurantismo e a privatização do ensino. A seguir, os principais ataques movidos pelo governo, também razões para que todos saiam às ruas nesta quinta-feira.

1. Bolsonaro ataca cursos de ciências humanas

Em abril, Bolsonaro atacou os cursos de ciência humanas em especial os de Filosofia e Sociologia por meio de declarações em seu Twitter. Segundo ele, o governo deveria investir em cursos “que gerem retorno imediato ao contribuinte”, sugerindo que a área de ciências humanas seria inútil ao país. Tais declarações geraram revolta de estudantes e professores e já demonstravam que o desgoverno estava disposto a agir contra o investimento em educação superior.

2. Corte de 30% do orçamento de universidades federais

Pouco tempo depois, o ministro da educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, anunciou corte de 30% nas verbas das universidades federais do país. Os cortes aconteceram sem aviso prévio e, muito menos, diálogo com as universidades. Estudantes, professores e funcionários foram pegos de surpresa.

Bolsonaro tirou do ensino superior verba que impacta no funcionamento das universidades e despesas como contas de água, luz e contratos de prestação de serviços foram atingidos diretamente; diversas unidades não sabem como continuarão suas atividades caso os cortes sejam inteiramente mantidos.

3. Governo Bolsonaro estende corte orçamentário para toda a pasta de educação

Contrariando sua própria promessa de governo de investir na educação básica do país, Bolsonaro anuncia cortes também em programas do ensino infantil ao ensino médio. Os bloqueios orçamentários do governo Bolsonaro não pouparam nenhuma etapa da educação. Os recursos bloqueados se estenderam também ao ensino técnico e ensino a distância prejudicando milhares de estudantes.

4. Bolsas da Capes são bloqueadas

Continuando seu ataque à educação, o governo Bolsonaro boqueou bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A notícia de mais esse corte pegou estudantes e professores de surpresa.

A Capes é mais uma das instituições atingidas pelo contingenciamento promovido pela gestão Bolsonaro. Os cortes prejudicam milhares de estudantes brasileiros que não sabem se vão conseguir continuar seus estudos e pesquisas sem o auxílio das bolsas.

5. MEC prioriza universidades privadas

Ao mesmo tempo em que o governo Bolsonaro faz cortes exorbitantes na educação pública, o MEC acelerou o credenciamento de novas universidades privadas neste ano. O Ministério da Educação de Bolsonaro está escolhendo favorecer o crescimento do ensino privado. O MEC enviou 120 processos de credenciamento de novas Instituições de Ensino Superior (IES) ao conselho. O número é 70% maior em comparação ao mesmo período de janeiro a abril de 2018 e 2017.

6. Bolsonaro chama estudantes de “idiotas úteis”

No dia 15 de maio, enquanto ocorriam as manifestações pela defesa da educação no Brasil, Jair Bolsonaro estava nos Estados Unidos e chamou estudantes de “idiotas úteis” e “massa de manobra”. Em entrevista, Bolsonaro afirmou que quem estava nas ruas não sabia nem a fórmula da água e que só serviam de instrumento político para “uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais”. Tal comportamento reforçou a noção de que Bolsonaro persegue as universidades por questões puramente ideológicas, não respeitando opiniões divergentes da sua.

7. AGU pede autorização para presença de policiais nas universidades

Nesta terça-feira (28), a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para permitir a presença de policiais nas universidades. A iniciativa tem o objetivo de coibir suposto “viés ideológico” de alunos e professores em espaços públicos. Mais uma medida do governo Bolsonaro que visa limitar a liberdade de expressão dos universitários do país.

Com Redação da Agência PT de Notícias.

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