BannerNoticia

Legado do PT: salário mínimo saltou de R$ 200 em 2003 para R$ 880 em 2015

Com Lula e Dilma, política de valorização da renda do trabalhador mostrou que era possível promover crescimento econômico com inclusão social e diminuição da pobreza

Embora Jair Bolsonaro (PSL) ainda insista em tentar atribuir os problemas do seu governo à herança deixada pelos antecessores, está cada vez mais difícil para ele contrariar uma verdade incontestável: o Brasil era melhor e mais junto quando o PT esteve à frente do Palácio do Planalto, período em que o agora desprezado salário mínimoteve o seu momento de ouro e, de quebra, derrubou a tese de que crescimento econômico e inclusão social não poderiam nunca andarem juntos.

O fim da política de valorização do salário mínimo, anunciada pelo despreparado presidente na terça (15), induz às lembranças de como o benefício era tratado durante os mandatos de Lula e Dilma.  Para se ter ideia,  Lula assumiu o governo em 2003 com o salário mínimo na casa dos R$ 200. Com a implantação da fórmula de acrescentar ao benefício o crescimento do PIB de dois anos anteriores junto da inflação, o ex-presidente deixou seu o governo em 2010 com o salário mínimo em R$ 510,00 – portanto, um aumento de 155% em relação ao valor do início de seu mandato, e 53,6% de aumento real, descontando-se a inflação.

Com a entrada de Dilma Rousseff como sucessora, a política de valorização do salário mínimo foi mantida e, logo nos dois primeiros anos do seu mandato, ele saltou de R$510,00 para R$622,00, o que representou 22% no valor inicial e 8,61% de aumento real. Em 2016, poucos meses antes de ser vítima de um golpe cujas consequências ressoam até os dias de hoje, Dilma deixaria ao povo brasileiro um salário mínimo de R$ 880, um marco histórico para as políticas sociais do país e uma prova irrefutável de que os governos do PT sempre priorizaram os que mais precisam.

O golpe de 2016 trouxe retrocessos imensos também nesse setor: em 2018, o aumento do salário mínimo ficou abaixo da inflação, o que não ocorria desde 2003, primeiro ano de Lula na Presidência. Com Bolsonaro, que tem conseguido a façanha de superar o esquecível e trágico mandato usurpado por Temer, o salário mínimo como o brasileiro o conhecia deixará de existir.

Todos ganham com salário mínimo forte

O povo brasileiro, infelizmente, não vai demorar para sentir na pele o que Bolsonaro e sua equipe econômica tentam esconder: valorizar o salário mínimo e diminuir o pagamento de impostos de quem ganha menos aumenta o poder de compra dos mais pobres, que poderão voltar a consumir e a movimentar a economia nacional.

Na prática, a medida materializa uma das emblemáticas declarações de Lula, dita em 2017: ” Dizem que temos que cortar, que estamos gastando demais. Que programa social é gastar demais. Que colocar pobre na universidade é gastar demais. Quero que eles saibam que a solução é gerar emprego e colocar o pobre na economia”.

Lula sabe o que fala. De 2003 a 2010, o poder de compra do salário mínimo passou de 1,38 cesta básica para 2,06 cestas básicas e chegaria a 2,21 cestas básicas em 2014 (melhor poder de compra desde 1979). Outro dado que colocaria a equipe econômica de Bolsonaro em xeque aconteceu em 2014. Somente naquele ano, o salário mínimo de R$ 724,00 injetou nada menos do que R$ 28,4 bilhões na economia do país, beneficiando diretamente 48,1 milhões de brasileiros.  Não dá para comparar.

Da Redação da Agência PT de Notícias

Artigos relacionados

Deixe um comentário

Botão Voltar ao topo