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Seletividade da Lava Jato lançou o país em crise política, diz jornalista

Daniel Giovanaz, do ‘Brasil de Fato’, falou sobre seu livro ‘Dossiê Lava Jato’ na Vigília Lula Livre. Obra traz análises críticas sobre a operação

 

O jornalista Daniel Giovanaz lançou nesta terça feira (16), na Vigília Lula Livre, o livro ‘Dossiê Lava Jato – Um Ano de Cobertura Crítica’. A obra reúne textos publicados no jornal Brasil de Fato a partir de 2017, apontando a seletividade e o arbítrio da operação que começou prometendo salvar o Brasil da corrupção, mas acabou jogando o País na maior crise política e econômica da história recente.

Giovanaz avalia que, quatro anos depois desde o início, a Lava Jato não apenas falhou em sanar a corrupção, como arruinou a política, criou uma crise na economia e abriu campo para que surgisse como “alternativa” o autoritarismo fascista que hoje ameaça nossa democracia. “O maior líder político desse País está preso aqui em frente; o desemprego e a ditadura ameaçam os brasileiros”, resumiu.

As análises do livro mostram como a Lava Jato atuou de maneira seletiva contra o PT, desde seu início, em 2014, sempre com o apoio da grande imprensa. “A mídia tradicional sempre vendeu para a população a ideia de que o combate à corrupção nos moldes da Lava Jato levaria à salvação do Brasil”, lembra. Não foi o que vimos acontecer.

Giovanaz lembra, por exemplo, do episódio em que o procurador Deltan Dallagnol convocou a mídia para expor um quadro com o nome de Lula no centro e “tudo de ruim no Brasil em volta”, sem qualquer prova material. “Naquele momento Lula sequer havia sido indiciado, mas já estava sendo condenado na imprensa”, observou.

Aponta ainda que a mídia jamais encarou a evidente perseguição contra a Lula como principal objetivo da Lava Jato. “Moro era mostrado como grande figura da política nacional, viajava aos EUA para receber prêmios. Nunca foi exposto como alguém que viola as regras do jogo para atender a certos grupos políticos”, explica.

Ele espera que o livro ajude a alimentar a luta política e a manter a militância motivada para a reta final da campanha eleitoral. “Temos uma eleição para vencer. Temos duas semanas para lutar e não vamos nos entregar nem nos abater. O PT é o maior partido do País, tem base orgânica e podemos vencer”, disse.

Por Luís Lomba, da Agência PT de Notícias, direto de Curitiba

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